PAULO CERRUTI DE ARRUDA SAMPAIO

Investigaremos a relação entre a expressão e a nova música, com base na filosofia da música de Theodor Adorno. Veremos como a falência do tonalismo faz com que a expressão musical se torne crítica da aparência e da falsa reconciliação entre os impulsos expressivos individuais e a gramática convencional. A partir daí, discutiremos a relação entre a busca por um lirismo absoluto, completamente livre do meramente convencional, e o fetichismo da série na obra de Webern. Veremos como esse fetichismo se aprofunda na obra dos compositores ditos 'pós-weberianos', tanto na música indeterminada de Cage como no serialismo integral de Boulez. Por fim, discutiremos em que medida a obra de Morton Feldman apresenta alternativas para os impasses da vanguarda musical do período.