Programação
Programação
14h00 Conferência de abertura:
Adma Muhana (DLCV/FFLCH-SP)
Palestrantes
14h40 Denis Bruza Molino (Pós-doc DF/FFLCH-USP):
“Verter e divertir: Luciano de Samósata”
15h20 Rodrigo Gomes de Oliveira Pinto (Colégio Santa Cruz-SP):
“Jorge de Trebizonda, leitor de Hermógenes: De suavitate dicendi, um escorço latino da doçura do dizer”
16h00 Adriano Machado Ribeiro (DLCV/FFLCH-USP):
“Exercícios preparatórios de Tradução”
16h40 Yuri Brandão Ulbricht (Doutor DF/FFLCH-USP):
“O aparecer e a aparição em Aécio”
18h00 Frédéric René Guy Petitdemange (Escola da Cidade-SP):
“Os relatórios dos Salons de Diderot e as discussões sobre as artes na segunda metade do século XVIII”.
18h40 Ana Portich (Depto. de Filosofia UNESP/Marília):
“Algumas considerações para evitar desastres na esfera da assim chamada estética”
19h20 Ricardo Zanchetta (mestre DF/FFLCH-USP):
“O bilinguismo de Leon Battista Alberti nos textos sobre pintura”
20h00 Vania Cerri (S.I.L.B.A - Paris):
“Tradução do Libro Secondo - De Familia: (de re uxoria) de Leon Battista Alberti - aproximações entre o volgare e a língua portuguesa”.
20h40 Discussão - Fechamento do Evento:
Leon Kossovitch (DF/FFLCH-USP)
Apresentação
A ideia de realização deste encontro surgiu da afinidade existente entre colegas que tiveram a oportunidade de ter como orientador e interlocutor o professor e pesquisador Leon Kossovitch, que tem, há algumas décadas, respondido pela orientação e supervisão de trabalhos de pesquisa resultantes na sua maioria de traduções comentadas.
Estas orientações contam com interessados no trabalho de leitura de textos de diferentes línguas e a sua tradução para a língua portuguesa. Provenientes de áreas, assuntos e épocas diversas, tais textos têm em comum o fato de serem fontes primárias.
Como premissa para seu trabalho de orientação, Kossovitch postula, como modo de leitura e tradução de um texto concebido até o século XIX, a imediata consideração dos gêneros discursivos em sua construção. Tal procedimento de leitura e tradução de um determinado texto pode evidenciar não só os usos das regras empregadas em sua concepção, como também a singularidade presente nesse discurso.
O diálogo estabelecido durante esse processo de leitura, para o qual Kossovitch se faz mediador, é parte da mesma abordagem que intenta uma aproximação com o texto original de forma menos anacrônica. O trabalho de tradução, portanto, meticuloso e por vez moroso demanda tanto um cuidado especial com o texto no que concerne à sua construção e língua originais, na tentativa constante de manter suas características próprias, como também a necessidade de um olhar atento durante o processo de transcrição para a língua portuguesa, principalmente no que concerne às especificidades e usos da nossa língua. Partindo desses princípios, há que se ter em conta a importância do diálogo ou interlocução diante da difícil tarefa de escolhas e tomadas de decisões ao empregar-se um termo ou sentido, em detrimento a outro, no trabalho de tradução.
Considerando as dificuldades enfrentadas por aqueles que encaram o desafio de traduzir um texto concebido em outra língua e cultura, e em época diferente da contemporânea, é que se faz pertinente a realização de um encontro presencial que possa favorecer discussões em torno do trabalho de tradução, tendo como ponto de partida a experiência prática e o modo utilizados por Kossovitch em suas orientações/supervisões.
O intuito será o de reunir pesquisadores e demais interessados nos trabalhos de leitura e tradução de textos para a língua portuguesa, para que possam relatar suas experiências, compartilhar suas práticas, dificuldades e acertos, bem como os desdobramentos e resultados de suas pesquisas.