no capítulo 1 da Tese de Doutorado, busca-se revisitar os debates de Imre Lakatos com seus mais conhecidos críticos interlocutores à época, por exemplo, Karl R. Popper, Thomas S. Kuhn, Paul K. Feyerabend, Noretta Koertge, Alan Musgrave e outros, a fim de reconstituir sob que termos Lakatos procurou sustentar sua metodologia. No capítulo 2, pretende-se apresentar e caracterizar as vertentes de leitores e leituras de Lakatos, isto é, a controvérsia entre os intérpretes ‘dialéticos’ e os ‘analíticos’ em torno de concepções que expressariam (ou não) a influência de Hegel sobre Lakatos, especificamente no âmbito da sua filosofia da ciência, e para compreender o estado da arte de sua interpretação. No capítulo 3, proponho que, para conectar a proposição de Lakatos de uma filosofia normativa da ciência com a realidade pragmática e histórica da ciência, uma metodologia lakatosiana será mais robusta se adotar explicitamente um “naturalismo” filosófico. Finalmente, no capítulo 4, defendo uma teoria lakatosiana do “progresso” ao argumentar que a abordagem metodológica quase-empírica se articula, metametodologicamente, sob uma normatividade indutivo-criticamente in-formada.
MIGUEL ÂNGELO FLACH
Curso
Doutorado
Título de la investigación
Normatividade indutivo-criticamente informada: em direção a uma teoria lakatosiana do progresso
Resumo da pesquisa
Orientador
Caetano Ernesto Plastino