GABRIELA CORBISIER TESSITORE

Esse projeto de pesquisa se concentrará na relação entre a formação subjetiva na sua interrelação com o surgimento e a ascensão dos meios de comunicação de massa, isto é, no impacto que a produção e a reprodução da informação e da imagem – estática e em movimento – teve, tem e terá cada vez mais sobre a constituição subjetiva do indivíduo moderno. O que se busca, aqui é a relação entre a história social e a história das mentalidades, seguindo o fio condutor da subjetividade e da cultura de massa. Para fins de periodização, o recorte da modernidade que será utilizado nesse projeto segue o do texto benjaminiano sobre a “Paris do Segundo Império”. Para Benjamin, é a partir do que do trauma de 1848 (o golpe de Napoleão III), e da reforma urbanística promovida por Barão de Haussmann, que a vida moderna de fato começa a se desenrolar. Surge um novo tipo de sensibilidade, pautada pela multidão, pelo anonimato, pelas forças industriais e do comércio, pelos novos interiores burgueses, pelas largas avenidas e seus boulevards, em suma, depois de meados de 1860 os efeitos da primeira revolução industrial se fazem sentir no estilo de vida e cotidiano dos indivíduos na França.