Esta dissertação tem como objetivo analisar a confrontação de Heidegger com a estética, desde suas primeiras considerações sobre a obra de arte em 1936 até seus trabalhos tardios. A confrontação com a estética é contextualizada na interpretação heideggeriana da metafísica como história do esquecimento do ser e na preparação do que chama de um “outro início”. Por meio desse paralelo com a metafísica, toma-se a estética na integralidade do seu desenvolvimento histórico-filosófico, incorporando tanto sua fundamentação na Modernidade quanto suas raízes nos conceitos de Platão e Aristóteles. Remontando às preleções, conferências e escritos das décadas de 1930 e 1940, expõe-se o diálogo tácito de Heidegger com a estética no ensaio “A origem da obra de arte”. Apresenta-se, por fim, a interpretação da estética no pensamento tardio de Heidegger sobre a arte, que passa a envolver as questões da técnica e do espaço. A peculiaridade do pensar de Heidegger sobre a arte, que não implica nem uma estética, nem uma filosofia da arte, é demonstrada por meio desse diálogo, ora implícito, ora explícito, com as concepções filosóficas tradicionais de arte.
VANER MUNIZ FERREIRA
Curso
Mestrado
Título de la investigación
O diálogo de Heidegger com a tradição estética
Resumo da pesquisa
Orientador
Marco Aurélio Werle
Fomento
Fapesp
Data da defesa
19/02/2025