GIÁCOMO FIORITTI LEANDRO

Curso
Doutorado
Título de la investigación
Necessidade, contingência e as possibilidades de uma ciência prática em Aristóteles
Resumo da pesquisa

Segundo Jaeger, Aristóteles seria responsável, após Platão, pela cisão entre teoria e práxis, que depois culminaria num progressivo elogio da vida ativa na antiguidade. Aubenque, embora suspeitando do movimento tal qual o propôs Jaeger, admitiu também, não obstante, essa ruptura, além ter esclarecido, ao dedicar-se ao estudo da phronesis, as razões metafísicas pelas quais o Estagirita precisava reconhecer, não um conhecimento teórico, mas uma virtude para orientar os homens no mundo humano tal qual ele é. Assinalou-se então como a ação humana move-se no domínio do contingente, isto é, no domínio daquilo que pode ser diferente do que é, ao passo que a ciência diz respeito ao necessário, ignorando o mundo do devir. Entretanto, não só os tratados éticos, econômicos e políticos de Aristóteles atestam a possibilidade de um saber científico das coisas humanas, como ele mesmo conceitualmente concebeu, na classificação das ciências, umas práticas e outras produtivas, para além das teóricas. Nosso objetivo não é senão pesquisar, assim, como pode esse universo da casualidade e da particularidade que configuram a prática adequar-se à necessidade e universalidade exigidas pela ciência.

Orientador
Patricio Tierno