Ao partir de Origem do drama barroco alemão esta pesquisa propõe dar origem à outra leitura o conceito de alegoria, apresentando a sua dimensão ética na representação da alteridade. Para isso devemos, primeiro, compreender a noção de origem a partir de uma análise epistemológica e temporal em três momentos do Prólogo: a diferenciação entre representação e apresentação que Benjamin faz a luz do platonismo, a influência leibniziana na constituição da monadologia benjaminiana como modelo crítico temporal; e apreensão o conceito de origem a partir de seus fundamentos genealógicos como a crítica a filosofia da história hegeliana e sua apropriação pelos positivistas e marxistas e sua salvação a partir da dimensão ética da consciência de si e para si. Em segundo, dar origem ao conceito de alteridade o definindo no diálogo de Benjamin com Buber que o apresenta a partir da análise da questão linguística Eu com Outro. Por fim, devemos realizar a crítica estética de algumas obras do barroco afim de demonstrar a apreensão da alteridade na recepção alegórica, manifesta enquanto outro dizer na representação do martírio feminino em figuras como como Agrippina, Catharina e Sophonisbe.
MICHEL AMARY NETO
Curso
Doutorado
Título de la investigación
A ORIGEM DO CONCEITO DE ALTERIDADE EM WALTER BENJAMIN
Resumo da pesquisa
Orientador
Olgária Chain Feres Matos