Programação
No seminário conversaremos sobre como as obras de Herbert Marcuse e Roberto Schwarz podem animar uma investigação preocupada com a imaginação. De saída, uma tal investigação se vê às voltas de justificar a imaginação crítica que coloca esses dois autores em diálogo — não concordância necessariamente, portanto — uma vez que a fortuna crítica de ambos, em geral, os afasta um do outro. Um primeiro momento da conversa será, assim, destinado a traçar certas linhas que sustentem o pensamento em conjunto com os autores. Espera-se que isso seja feito de modo a já apontar na sequência o que surge como um segundo passo: a imaginação em forma. O que vai exigir, em primeiro lugar, o debate sobre a forma na obra de cada um dos autores, com foco nos atravessamentos entre formas artísticas e formas sociais; e, em segundo lugar, já mais especificamente, como a imaginação se vê conformada 1) na análise que Schwarz faz sobre as Memórias póstumas de Brás Cubas, em seu Um mestre na periferia do capitalismo e 2) na sociedade unidimensional conceituada por Marcuse em O homem unidimensional.