Projetos, convênios e grupos de pesquisa

Projetos Temáticos

Teoria da causalidade e ação humana na filosofia grega antiga
(Processo FAPESP 2015/05317-8)

Coordenação: Prof. Dr. Marco Antônio de Ávila Zingano

Pesquisadores Principais: Daniel Rossi Nunes Lopes (FFLCH/USP), Evan Robert Keeling (FFLCH/USP), Fátima Regina Rodrigues Évora (IFCH/UNICAMP), Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho (FDRP/USP), Roberto Bolzani Filho (FFLCH/USP)

Pesquisadores Associados: Fernando Maciel Gazoni (EFLCH/UNIFESP), Luiz Henrique Lopes dos Santos (FFLCH/USP), Paulo Fernando Tadeu Ferreira (EFLCH/UNIFESP)

Professor visitante: Prof. Dr. Raphael Zillig (UFRGS)

Pós-Doutorando: Daniel Mark Wolt , Simone Giuseppe Seminara, Liliana Carolina Sanchez, Sérgio Daniel Vazquez Hernandez 

A noção de causa tem um papel central na investigação filosófica da Antiguidade. Dos pré-socráticos à filosofia grega tardia, é sempre objeto de investigação não somente o que é causa de quê, mas também, e fundamentalmente, o que se quer entender por algo ser a causa de algo. Há um estreito vínculo, na filosofia grega, entre uma doutrina da causalidade, dirigida em especial ao mundo físico, e a da responsabilidade moral, central no domínio humano das ações. Já na linguagem corrente do grego antigo tal estreita relação é visível, pois aitios designa quem é o responsável por algo, prioritariamente no sentido jurídico negativo de quem é o "culpado" por algo; rapidamente, contudo, o uso da língua expande o sentido negativo de culpa a um sentido geral de responsabilidade, que engloba também os casos a serem louvados, e, a esta primeira expansão no uso do termo acrescenta-se um outro, de caráter agora claramente filosófico, que se aplica em especial à noção de aitia e que a desvincula do estrito domínio humano, aplicando-a a todas as coisas, o que gera o sentido nosso familiar de "causa", "o que está na produção, na origem de algo". A noção geral de causa, particularmente decisiva no discurso sobre a natureza, guardará sempre, porém, está ligação com a noção de responsabilidade na ação humana, onde, aliás, tem sua origem. O presente projeto visa a estudar as diferentes propostas e teses apresentadas pelos filósofos gregos antigos a respeito da natureza da causa e, em estreita relação com esse tema, busca igualmente mapear a reflexão sobre a ação humana e sobre o modo como o homem pode ser inscrito como causa de certos eventos, a saber, como causa de suas ações.


Gênese e significado da tecnociência: das relações entre ciência, tecnologia e sociedade

Pesquisador responsável: Prof Dr. Pablo Rubén Mariconda

O objetivo central do projeto, a ser desenvolvido no período 2017-2021, com base nas realizações dos períodos 2007-2011 e 2012-2015 (em que o projeto contou com financiamento da Fapesp), é investigar os papéis desempenhados pelos valores éticos e sociais, sustentados por indivíduos e incorporados em instituições, nas práticas científicas e tecnológicas da atualidade. Esse objetivo desdobra-se em três conjuntos de pesquisas. O primeiro concerne à importância contemporânea da tecnociência, incluindo o impacto de sua pesquisa e desenvolvimento nos processos e na institucionalização da ciência; o segundo trata do desenvolvimento histórico da ciência e da tecnociência; o terceiro desenvolve uma estratégia sociológica de abordagem transversal das relações entre ciência, tecnologia e sociedade no Brasil.
Dentre as questões do primeiro conjunto encontram-se: (a) as mudanças ocorridas em décadas recentes nos modos de produção social da tecnociência com o aumento do financiamento privado da pesquisa científica; (b) o modo como as mudanças afetam o status dos valores tradicionais da comunidade científica: objetividade (imparcialidade), neutralidade, autonomia, abrangência (universalidade); (c) a função dos direitos de propriedade intelectual nesse processo; (d) problemas teóricos e práticos da biotecnologia; (e) avaliação do significado dessas mudanças a partir de alternativas às práticas tecnocientíficas e o papel da bioética e do “princípio de precaução”. As investigações do segundo conjunto incluem: (a) a ideia do “controle da natureza” e os valores do progresso tecnológico e seu impacto na formação da pesquisa científica moderna; (b) as relações entre a ciência e a tecnologia na modernidade, especialmente o papel representado pelas máquinas e pelas ideias mecanicistas, e pelo avanço da experimentação na ciência, e (c) o impacto de ideias da tradição do ceticismo no desenvolvimento da ciência moderna. O terceiro conjunto concentra-se no estudo da sociedade brasileira, contemplando: (a) o debate público sobre educação: a produção contemporânea da doxa na sociedade brasileira; (b) cultura digital e desigualdade: os usos sociais das novas tecnologias de informação e comunicação, e (c) instituições de produção, difusão e legitimação do conhecimento.

Os três grupos de investigações serão reforçados pelo uso de um modelo de atividade científica, amplamente discutido e aceito pelos membros da equipe de pesquisa, que identifica as interelações entre a adoção, na pesquisa, de estratégias metodológicas particulares e a sustentação de valores éticos e sociais particulares.

O segundo objetivo do projeto, não menos importante, é prático: continuar e expandir as atividades de organização de seminários, de publicação dos trabalhos relevantes e de participação regular em eventos, que reúnem, para uma discussão construtiva e racional, cientistas, filósofos e cientistas sociais brasileiros (e de outros países), de abordagens metodológicas e perspectivas éticas divergentes, de modo a assegurar que um amplo leque de pontos de vista sejam considerados nas investigações, e explorar como os resultados obtidos podem ter um impacto positivo na pesquisa científica, no ensino de ciências e na educação superior.

 

Convênios de Cooperação Acadêmica

Pathos: Aristotle on Emotions
Processo FAPESP 17/50285-2

Coordenação: Prof. Dr. Marco Antônio de Ávila Zingano

Pesquisadores Responsável no exterior: Cristina Viano

Instituição-sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil

Instituição no exterior: Université Paris-Sorbonne (Paris 4), França

O presente projeto de pesquisa tem como objeto a doutrina aristotélica das emoções. Ele não visa somente a esclarecer o modo como Aristóteles compreende este fenômeno psicológico, mas também a estudar em profundidade o sistema aristotélico e, deste modo, examinar de modo mais detalhado a apropriação contemporânea da filosofia aristotélica segundo as diferentes perspectivas das doutrinas que reivindicam um aporte neo-aristotélico. O estudo das emoções será feito segundo três eixos principais: o hilemorfismo (de anima, metafísica), o papel causal das cognições no interior das emoções (éticas) e a potência da persuasão para a aceitação de teses (retórica). Estes três eixos convergem de modo exemplar na definição que Aristóteles fornece da cólera. O estudo desta emoção tem uma posição privilegiada neste projeto, pois ela goza de uma função paradigmática na psicologia aristotélica.


Estética Moderna e Contemporânea
(PROCAD - USP/UFOP/UFF)

Coordenação: Prof. Dr. Marco Aurélio Werle (USP)

Participantes: Prof. Márcio Suzuki (USP), Prof. Oliver Tolle (USP), Prof. Pedro Paulo Pimenta (USP), Prof. Ricardo Nascimento Fabbrini (USP), Prof. Pedro Süssekind Viveiros de Castro (UFF), Prof. Vladimir Vieira (UFF), Prof. Bernardo Barros Coelho de Oliveira (UFF), Prof. Patrick Pessoa (UFF), Prof.ª Dr.ª Cíntia Vieira da Silva (UFOP), Prof. Bruno Almeida Guimarães (UFOP), Prof.ª Dr.ª Imaculada Kangussu (UFOP), Prof. Romero Alves Freitas (UFOP).

O projeto envolve os programas de pós-graduação de três instituições de nível superior do país: a USP (proponente) a UFF (associada I) e a UFOP (associada II), que possuem áreas de concentração ligadas à estética e filosofia da arte. O tema do projeto é: “Estética moderna e estética contemporânea”. Pretende-se desenvolver pesquisas que aprofundem temas da estética em seu nascimento e consolidação, ao longo dos séculos XVIII e início do XIX, e desdobramentos contemporâneos, ocorridos entre o século XIX, XX e XXI, e levados adiante por pensadores que, de uma ou de outra forma, se referiram à essa tradição anterior da estética nascente.


Critical Theory Goes Global: Transfers, (Mis-)Understandings and Perceptions since 1960

Coordenação: Dr. Nenad Stefanov (Pós-Doutor, Universidade Humboldt)

Participantes: Prof. Dr. Luiz Sérgio Repa (Departamento de Filosofia, USP), Prof. Dr. Rurion Soares Melo (Departamento de Ciência Política, USP), Prof.ª Dr.ª Rahel Jaeggi (Instituto de Filosofia, Universidade Humboldt), Dr. Nenad Stefanov (Centro Interdisciplinar de Pesquisas de Fronteira, Universidade Humboldt) [Interdisciplinary Center for Border Research]

Trata-se de um projeto interdisciplinar de abordagem comparativa e histórico-transnacional. Procura reunir pesquisadores das áreas de filosofia, história, sociologia e ciência política que partilham o interesse pelo modo como conceitos circulam, adaptam-se, modificam-se e aplicam-se ao longo do espaço e do tempo. Um de seus objetivos maiores é a integração de jovens pesquisadores.
Os encontros em Berlim, na Humboldt-Universität terão por objetivo desenvolver discussões conjuntas, comparando diferentes perspectivas conceituais. A Prof.ª Dr.ª Rahel Jaeggi procurará elaborar conceitos de importância central à Teoria Crítica; O Dr. Nenad Stefanov discutirá a transferência de ideias entre Leste e Oeste europeus durante a Guerra-Fria e os Professores Dr. Luiz Sérgio Repa e Dr. Rúrion Melo examinarão diferentes aspectos da recepção da Teoria Crítica no Brasil. Serão Convidados John Abromeit (State University of New York, Buffalo State/USA) e Detlev Claussen (Professor Emérito de Sociologia da Universidade de Hannover), que participará do projeto como Conselheiro Sênior [sênior adviser].


PROMOB Filosofia UFS 2016
(Programa de Estímulo a Mobilidade e ao Aumento da Cooperação Acadêmica da Pós-Graduação em Sergipe)

IES COORDENADORA GERAL: Universidade Federal de Sergipe
COORDENADOR: Prof. Dr. Aldo Lopes Dinucci

EQUIPE
Prof. Dr. Aldo Lopes Dinucci, Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos, Prof. Dr. Antonio José Pereira Filho, Prof. Dr. Arthur Eduardo Grupillo Chagas, Prof. Dr. Cícero Cunha Bezerra, Prof. Dr. Edmilson Menezes Santos, Prof. Dr. Evaldo Becker, Prof. Dr. Everaldo Vanderlei de Oliveira, Prof. Dr. Marcelo e Sant'Anna Alves Primo, Prof. Dr. Marcos Ribeiro Balieiro, Prof. Dr. Matheus Hidalgo, Prof. Dr. Nilo César da Silva Batista, Prof. Dr. Eduardo Grupillo Chagas, Prof. Dr. Rodrigo Pinto de Brito, Prof. Romero Junior Venâncio Silva, Prof. Saulo Henrique Souza Silva, Prof. Dr. Sergio Hugo Menna, Prof. Dr. William de Sioqueira Piauí, Prof. Dr. Altieris Bortoli. 

Alunos: Altieris Bortoli, Edson Peixoto Andrade, Ismar Francisco Prado Torres, Marcus de Aquino Resende.

IES ASSOCIADA: Universidade de São Paulo
COORDENADORA: Prof.ª Dr.ª Maria das Graças de Souza

EQUIPE ASSOCIADA
Prof. Dr. Alberto Gonçalves Ribeiro de Barros, Prof. Dr. Caetano Ernesto Plastino, Prof. Dr. Homero Silveira Santiago, Prof. Dr. Luís César Guimarães Oliva, Prof. Luís Sérgio Repa, Prof. Dr. Marco Aurélio Werle, Prof. Milton Meira do Nascimento, Prof. Dr. Oliver Tolle, Prof. Dr. Roberto Bolzani filho, Prof.ª Dr.ª Marilena de Souza Chaui, Prof.ª Dr.ª Silvana Ramos.


Há principalmente cinco razões que justificam e fundamentam este projeto. A primeria delas é a importância que Sergipe já teve no cenário do pensamento filosófico brasileiro na segunda metade do século XIX e que gradativamente perdeu força ao longo do século passado. Com a recente criação do Mestrado em Filosofia na UFS, a Filosofia local volta a ocupar um lugar de destaque no cenário nacional em uma fase inteiramente nova. Inspirando-se naquele momento histórico é possível projetar um futuro em que a Filosofia tem um papel relevante no desenvolvimento intelectual do Estado de Sergipe [...].

A segunda razão que justifica este projeto é o seu caráter multidisciplinar, envolvendo as duas linhas de pesquisa do Mestrado, Filosofia da História e Modernidade e Conhecimento e Linguagem, que possuem matizes bem distintas, mas que estão engajadas num projeto comum: a consolidação do Mestrado em Filosofia.

Em terceiro lugar, este projeto se justifica no quadro do desenvolvimento econômico nacional e, de modo particular, em Sergipe. A Filosofia é a atividade do pensamento enquanto tal e, por isso mesmo, é universal, distanciando-se da ciência, que é sempre particular e tem um objeto próprio. Quando se estuda a Filosofia, não se aprende apenas sobre um pensamento de determinado filósofo ou corrente filosófica: aprende-se a experiência da razão e da linguagem, no seu tempo histórico, em que o pensamento busca pensar-se a si mesmo, falar de si mesmo e dos valores (o bem, o verdadeiro, o belo, o justo). Essa experiência, concretizada no e pelo trabalho de cada filósofo, constitui o lastro da tradição, que no fundo dá origem ao discurso filosófico. Por esta razão, a Filosofia faz parte da educação entendida como formação.

A quarta justificativa é a estreita vinculação entre o Mestrado de Filosofia da UFS e a parcerias estabelecidas, o Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade de São Paulo (USP), nota 7 da CAPES por ocasião da última trienal.

Finalmente, a quinta justificativa reside no fato de que o Mestrado em Filosofia da UFS conta com vários professores que têm projetos aprovados pelas agências de fomento à pesquisa, sejam elas federais ou estaduais e, portanto, têm experiência em execução de projetos individuais. Este Edital vem possibilitar a realização de um projeto coletivo, envolvendo a extrema maioria dos professores do Programa bem como nomes expressivos da Filosofia nacional em diferentes Estados e regiões do Brasil.

Enfim, o presente projeto intenta proporcionar aos nossos bons alunos do Mestrado não só o deslocamento para grandes centros de pesquisa e ensino de Filosofia, o que é o caso das instituições das equipes associadas, onde terão acesso a professores, bibliotecas e experiências diversas de pesquisa e vivência cultural, enriquecendo enormemente a sua formação como pesquisadores e seres humanos, como também poderão receber a visita de professores e alunos dessas mesmas instituições e se beneficiar do seu convívio.

Grupos de Pesquisa e Estudo

CEPAME (Centro de Estudos de Filosofia Patrística e Medieval de São Paulo)

Responsáveis: Prof. Carlos Eduardo Oliveira, Prof. José Carlos Estêvão, Prof. Lorenzo Mammì e Prof. Moacyr Novaes

Organização: Júlia Rodrigues Molinari (Doutoranda, USP), Julia Maia Peixoto Camargo (Mestre, USP), Gabriel Pedreira de Freitas Catapano (Mestrando, USP), Andre Botelho Scholz (Doutorando, USP).

Conselho Acadêmico: Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento (UNICAMP / PUC-SP), Carlos Eduardo de Oliveira (USP), Cristiane Negreiros Abbud Ayoub (UFABC), Fátima Évora (UNICAMP), †Francisco Benjamin de Souza Netto (UNICAMP / São Bento), Franklin Leopoldo e Silva (USP), José Carlos Estêvão (USP), Lorenzo Mammì (USP), Moacyr Novaes (USP), Pelayo Moreno Palacios (CEA).

Participantes: André Botelho Scholz, Carlos Eduardo de Oliveira, Cristiane Negreiros Abbud Ayoub, Daniel Fujisaka, Daniel Rodrigues da Costa, Fernando Del Pozzo, Gabriel Pedreira de Freitas Catapano, Gustavo Barreto Vilhena de Paiva, Joao Henrique Marques Corvetto, José Carlos Estêvão, Julia Bunemer Nojiri, Julia Maia Peixoto Camargo, Júlia Rodrigues Molinari, Lorenzo Mammi, Joao Henrique Marques Corvetto, Lucas Camargo dos Santos, Luiz Fernando Pereira de Aguiar, Luiz Marcos da Silva Filho, Mizael P. de Souza, Moacyr Novaes, Patrick Soares, Roberto Pignatari, Tiago Grande.

O CEPAME (Centro de Estudos de Filosofia Patrística e Medieval de São Paulo) reúne, desde 1992, professores, doutores, pós-doutorandos, pós-graduandos e graduandos dedicados ao estudo de História da Filosofia da Antiguidade Tardia, Filosofia Patrística e Filosofia Medieval de diversas universidades paulistas para a realização de pesquisas, seminários e eventos acadêmicos. Os trabalhos em curso são sobre Agostinho de Hipona, Severino Boécio, Pedro Abelardo, Heloísa de Argenteuil, João de Salisbury, Boaventura de Bagnoregio, Tomás de Aquino, Sigério de Brabant, Henrique de Gand, Egídio Romano, Teodorico de Freiberg, João Duns Escoto e Guilherme de Ockham.
As atividades do CEPAME incluem ainda as atividades do Grupo de Estudos de Latim Medieval (GELM) e do Grupo de Estudos de Paleografia Latina (GEPAL).

Página: https://cepame.fflch.usp.br/

Diretório CNPq: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4837107830266584#identificacao

 

Atualizado em 18/08/2023


Grupo de Estudos Espinosanos

Coordenação: Marilena Chaui, Luís César Oliva, Homero Santiago, Tessa Moura Lacerda

Data de formação:  02/01/1995

Participantes: Marilena Chaui (USP), Luís César Guimarães Oliva (USP), Maria das Graças de Souza (USP), Homero Silveira Santiago (USP); Silvana de Souza Ramos (USP); Tessa Moura Lacerda (USP) Douglas Ferreira Barros (PUC-Campinas); Fernando Dias Andrade (Unifesp); José Marcelo Siviero (Doutor) Dioclézio Faustino (Doutor) Álvaro Lazzarotto de Almeida (Doutorando – USP); Matheus Romero de Morais (Doutorando -USP) Gabriel Frizzarin Ramalhães de Souza (Mestrando – USP); Abel Beserra (Mestrando-USP) Maria Fernanda dos Santos (Pós-doutoranda – USP); Thiago Vargas Escobar Azevedo (Pós-doutorando – USP)

Fomento: Projeto Temático Fapesp

O atual Grupo de estudos espinosanos começa a nascer em janeiro de 1995 numa reunião no prédio de História da USP, quando 5 ou 6 amigos tomaram a decisão de prosseguir a leitura dos textos de Espinosa que se iniciara no semestre anterior ao longo de um curso de História da filosofia moderna I dado pela profa. Marilena Chaui e que tinha por objeto a terceira parte da Ética. A partir daí as reuniões passaram a acontecer com certa regularidade, nas tardes de sábado, no espaço oferecido por alguém, na própria USP ou no Centro cultural São Paulo; o objeto de estudo conjunto era o Tratado da reforma da inteligência, na tradução de Lívio Teixeira.

Foi nesse ínterim que Marilena sugeriu recolher alguns dos textos a ela entregues ao final daquele curso de Moderna I e publicá-los, dando origem a uma revista inteiramente dedicada à filosofia espinosana. Pouco tempo depois, a própria Marilena se engajou nas atividades do grupo, as quais se estenderam do Tratado da reforma para outros textos; e, particularmente, foi quando se começou a cogitar o projeto de uma nova tradução da Ética como alternativa à tradicional versão d’Os Pensadores. O trabalho de tradução da obra se iniciou em 2008 e, contando com a colaboração de vários membros do grupo, das mais variadas áreas do conhecimento e ramos da filosofia, o projeto foi concretizado em 2012 e publicado em 2015 pela EDUSP.


Os Cadernos espinosanos vieram finalmente à luz em setembro de 96, com o lançamento de um primeiro volume, em três tomos, inteiramente voltado à análise da vida afetiva na perspectiva espinosana. Em simultâneo, realizou-se o I Encontro de estudos sobre o século XVII, o qual deu início à série de colóquios que até hoje são organizados pelo grupo, ora sob a forma de congressos de maior porte, ora (mais freqüentemente) sob a forma de jornadas dedicadas a um autor ou a um tema específico.


Com o tempo, tais eventos mostraram-se de grande importância para o estabelecimento de laços com outros estudiosos da filosofia moderna de fora da USP; processo ao qual também contribuíram muito a integração do grupo à Associação de estudos filosóficos do século XVII e a participação de seus membros nos encontros nacionais da Anpof, especialmente no GT “Pensamento do século XVII”.


No decorrer dos anos, várias pessoas — graduandos, pós-graduandos, professores — vieram a tomar parte nos trabalhos do grupo, que a partir de certo momento se estabeleceram nas terças-feiras à tarde e passaram a combinar a tradução da Ética e seminários. Estes, embora de início dedicados quase exclusivamente a textos ou temas espinosanos, aos poucos foram se abrindo para outros filósofos seiscentistas, numa clara e natural contribuição dos novos integrantes; foi assim que, entre outras coisas, leram-se o segundo livro do Novum Organon, o Tratado das paixões cartesiano, o Discurso de metafísica de Leibniz, etc.


Após o estabelecimento de uma rotina de trabalho e intercâmbio acadêmico e a manutenção dos Cadernos espinosanos, em 2003 o Grupo de estudos espinosanos passou a contar com auxílio da Fapesp, mediante o projeto temático “Razão e experiência no pensamento moderno”, que se prolongou até fins de 2006, sob coordenação de Marilena Chaui e, num segundo momento, da profa. Maria das Graças de Souza.
Esse período foi particularmente importante para a configuração do grupo. Talvez aí se possa encontrar o marco, se não de uma mudança de rumo, ao menos de uma decidida ampliação de interesses e temas, a qual de resto já se pronunciava. Foi desse forma que, sem prejuízo do original adjetivo “espinosanos” tanto em seu nome quanto no título dos cadernos, o grupo, por assim dizer, oficialmente assumiu-se como um grupo orientado para a filosofia moderna em sua inteireza; ademais, graças à diversidade de pesquisas desenvolvidas em seu interior, ao eixo metafísico que sempre o marcara, o trabalho conjunto pôde, com proveito, estender-se às reflexões de teor mais propriamente científico e político encontradas no interior da modernidade.


Importante ainda, o auxílio da Fapesp facilitou os contatos com pesquisadores estrangeiros, que puderam visitar o grupo e tomar parte nos seminários e nos colóquios, e possibilitou imprimir maior regularidade aos Cadernos espinosanos. Finalmente, foi ao longo desse período que se começou a planejar com a editora Humanitas uma coleção de livros dedicados ao século XVII, tanto estudos quanto traduções de fontes primárias. Os primeiros volumes da coleção “Estudos seiscentistas” apareceram em novembro de 2004.
Desde maio de 2008, o Grupo de estudos espinosanos voltou a contar com o apoio financeiro da Fapesp, agora por meio do projeto temático “Ruptura e Continuidade: Investigações sobre a relação entre Natureza e História a partir de sua formulação pelo Grande Racionalismo Seiscentista”. Aí, reconhece-se uma nova ampliação dos interesses do grupo, bem como as inflexões de seus mais novos membros, no questionamento das relações entre filosofia moderna e filosofia contemporânea. Esse projeto foi oficialmente encerrado em março de 2013. Atualmente, o Grupo sedia novo projeto-temático, ""Poder e conflito"", que se prolongará até 2024.
Quando um grupo de estudos atinge mais de duas décadas de existência, faz-se desnecessário insistir sobre sua importância, quer dentro do panorama institucional que o acolhe, quer como referência na formação de toda uma geração de estudantes — alguns dos quais se formaram, da iniciação científica ao pós-doutorado, em seu interior, sendo hoje professores em importantes universidades brasileiras. Entretanto, para lá de tudo que se vincula diretamente à só academia ou aos itinerários individuais, é preciso dizer que o grupo espinosano constitui ainda uma valiosa expressão acadêmico-política, na medida em que, nascido por assim dizer de baixo para cima, pôde ao longo dos anos fazer frente a inúmeras e inevitáveis tribulações sem perder seu espírito original, logrando perseguir seu trabalho consciente da existência de uma tradição e sempre preocupado em manter-se aberto aos novos. Nesse sentido, finalmente, é lícito identificar no Grupo de estudos espinosanos algo que está longe de ser de somenos: o exercício de uma prática democrática de pesquisa.

Diretório CNPq: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/2965656297455768

Atualizado 19/07/2023


FiCeM (Grupo de Psquisa Filosofia Crítica e Modernidade)

Coordenação: Prof. Dr. Ricardo Terra

Pesquisadores principais:  Prof. Dr. Ricardo Ribeiro Terra (USP/CEBRAP), Profa. Dra. Marisa Lopes (UFSCar)

Pesquisadores: Prof. Dr. Bruno Nadai (UFABC), Prof. Dr. Fernando Costa Mattos (UFABC/CEBRAP), Prof. Dr. João Geraldo Cunha Martins (UFLA), Prof. Dr. Maurício Cardoso Keinert (USP), Profa. Dra. Monique Hulshof (UFABC), Nathalie de Almeida Bressiani (DR-USP), Prof. Dr. Rurion Soares Melo (USP/CEBRAP), Profa. Dra. Yara Frateschi (UNICAMP)
 

O Grupo de Pesquisa Filosofia Crítica e Modernidade (FiCeM) reúne um grupo de professores e estudantes que, ao longo de sua formação acadêmica, estiveram direta ou indiretamente ligados ao Grupo de Filosofia Alemã, da Universidade de São Paulo. Esse grupo se reúne regularmente desde 1994, tendo fundado e mantido em funcionamento, em 1996, os Cadernos de Filosofia Alemã, publicação semestral do Departamento de Filosofia da USP [...].

De um tempo para cá, contudo, o grupo passou a sentir a necessidade de, por um lado, ampliar a sua abrangência temática, tendo em vista a participação de pesquisadores especializados em outras áreas da filosofia, e de, por outro lado, assumir como fio condutor de suas pesquisas e discussões aquilo que já vinha sendo, na prática, o nosso objeto de estudo: a modernidade, compreendida desde o ponto de vista da filosofia crítica.

Nesse sentido, reformulamos o escopo de nossa publicação, os Cadernos de Filosofia Alemã, que passarão a ter por subtítulo, a partir do número 17, “Crítica e Modernidade”, e decidimos reformular a configuração do grupo, tornando-o um grupo inter-universitário (tendo em vista o ingresso de vários dos seus membros em diferentes universidades do país) e cujo fio condutor passaria a ser essa reflexão sobre a modernidade a partir de um quadro teórico fornecido pela filosofia crítica.

Dentre os objetivos atuais do grupo, estão a manutenção de nossas reuniões periódicas, a administração dos Cadernos de Filosofia Alemã, o subsídio às pautas de pesquisa dos membros do grupo e de seus orientandos, bem como a produção e publicação dos resultados, diretos ou indiretos, dessas atividades conjuntas.

  • FILOSOFIA POLÍTICA: Reatualizando os clássicos frente aos problemas da modernidade

O objetivo desta linha é pesquisar temas políticos contemporâneos à luz de autores clássicos da filosofia política. Com isso, abrem-se diversas possibilidades de reflexão seja na leitura rigorosa de textos dessa tradição, seja no diálogo com perspectivas dominantes na discussão de questões políticas atuais.

Pesquisadores responsáveis: Bruno Nadai, Marisa Lopes, Ricardo Terra, Rúrion Melo, Yara Frateschi.

  • FILOSOFIA ALEMÃ: Rupturas e continuidades

O objetivo desta linha é pesquisar autores da filosofia alemã, notadamente após Kant, refletindo sobre o modo como se relacionam com a tradição filosófica ocidental, uns apontando para a necessidade de uma ruptura em relação à mesma, outros insistindo na pertinência do projeto moderno e na necessidade de leva-lo adiante.

Pesquisadores responsáveis: Fernando Costa Mattos, João Geraldo Cunha, Maurício Keinert, Monique Hulshof.


Grupo de Estudos de Filosofia Antiga

Coordenação: Profs. Drs. Marco Zingano, Evan Keeling, Patrício Tierno, Roberto Bolzani

Participantes: 

Atualizado 09/2024


Grupo de Estudos de Filosofia Alemã Clássica

Coordenação: Profª. Drª. Maria Lucia Cacciola

Participantes: Valter José Maria Filho, Raul Fiker, José Medeiros, Camila Salles Gonçalves, Ivanilde Fracalone, Ricardo   Criciúma, Anderson Gonçalves, Paulo Robertto Pinheiro da Silva

O estudo da filosofia alemã a partir da Crítica kantiana, e do exame das filosofias pós kantianas até nossos dias; salienta-se as questões metafísicas, históricas, políticas e, principalmente, as questões da estrutura do texto e de seu significado. As discussões serão após leitura dos textos ou exposição dos mesmos pelos alunos na forma de seminários, seguidas da apreciação pelo orientados do grupo e das questões e argumentações dos demais na forma de seminários. O projeto crítico será sempre visado seja sob a forma filosófica e metafísica, seja em relação às faculdades da mente, implicando no papel do sujeito
Os autores visados serão escolhidos de forma democrática e elencados na História da filosofia alemã, de acordo com os interesses temáticos a serem abordados. Procurar-se-á tratar as questões filosóficas, enquanto ligadas a fatos culturais e políticos de importância.

Atualizado 04/2022


Grupo de Estudos de Lógica

Coordenação: Prof. Dr. Edelcio Gonçalves de Souza

Participantes: Rodolfo Carnier (doutorado), Luiza Ramos (doutorado), Douglas Rodrigues (doutorado), Christian Perret (doutorado), Euclides Torres (mestrado), Marco Gaiarsa (mestrado), Matheus Cury (mestrado), Matheus Ferreira (mestrado), Daniel Nagase (doutor), Guilherme Lima (doutor)

Estudo de temas de lógica matemática contemporânea: lógica abstrata, lógica categorial, teoria de modelos, lógica algébrica e teoria de conjuntos. O grupo reúne-se semanalmente para discussão de temas relacionados com os acima. Há uma certa liberdade de escolha de modo que pode-se estudar algum texto importante específico ou assuntos provenientes de várias fontes diferentes. Os participantes são convidados a apresentar seminários sobre os temas e estes podem ocupar mais de uma sessão. O grupo também serve para que os participantes apresente seus próprios resultados de pesquisa. Além disso, quando houver oportunidade, convidamos pesquisadores externos para discorrer sobre temas de interesse do grupo. As atividade são planejadas no início de cada semestre em uma reunião de organização própria.

Atualizado 04/2022


MENS (Grupo de Estudos de Filosofia da Mente, Neurociência e Sociabilidade)

Coordenação: Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Jr.

Participantes: Rogério Teza (Mestrando, DF), Hugo Neri (Doutorando, DF), Orlando Lima Pimentel (IC, DF), Fabiana Mesquita de Carvalho (Pós-Doutorado, DF), Nara Figueiredo (Pós-Doutorado, DF), Malu Pellachin Chioda, (IC, DF), Victor Sholl Lima (IC, DF), Thaís Vasconcelos Rodrigues (IC, DF)

O grupo MENS (“mente” em latim) se propõe a investigar, a partir da filosofia, aspectos neurocientíficos ligados à sociabilidade e a outros temas da filosofia da mente. Isso inclui os neurônios espelhos como cimento social, a evolução da inteligência maquiavélica, o circuito das emoções e sua evolução (MacLean, Panksepp), o sistema ativador ascendente e estados de vigília, experimentos sobre a representação de celebridades (Quiroga), experimentos sobre tomada de decisão (tipo Libet) e o epifenomenismo (Wegner), e inferência abdutiva e pensamento criativo sob a ótica da teoria do processamento preditivo. Em 2016, o grupo passou a incluir seminários sobre pamprotopsiquismo (monismos russellianos), a filosofia de Jaegwon Kim, filosofia das cores, inteligência articifial e chatbots.


Grupo de Estudos de História e Filosofia da Física do Pós-guerra

Coordenação: Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Jr

Participantes: Diana Taschetto (Mestranda, DF), William Ananias Vallério Dias (Mestrando, DF), Anderson Alves da Silva (Doutorando, DF), Walquíria Godoy (Mestranda, DF), Wanderley Vitorino (Doutorado, EFHC – UFBa/UEFS), Walker Lins (Doutorado, EFHC – UFBa/UEFS), Emanuel Lima de Sousa (IC, DF), André Luiz Fantin (IC, IFUSP), Giovani Garcia (IC, IFUSP)

Apresentação: Examinam-se diversos temas da história e filosofia da física, a partir de 1935: experimento de Einstein, Podolsky & Rosen e a análise de Bohm e Aharonov; desenvolvimento da teoria quântica de campos e sua história no Brasil; teoria das cordas, ajuste fino das constantes e hipótese dos multiversos; filosofia digital e reducionismo ontológico; teoria quântica dos campos topológicos e a teoria de categorias; interpretação ondulatória realista da mecânica quântica; história da Física de Estado Sólido no Brasil; história e filosofia de condensados de quarks e glúons, da supercondutividade e de estrelas de nêutron e ondas gravitacionais.


Grupo de Estudos de Filosofia da Ciência da Consciência (FiCiCo)

Coordenação: Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Jr

Participantes: Osvaldo Pessoa Jr., Sofia Stein, Maria Luiza Iennaco de Vasconcelos, Paulo Duare Andrade Sayeg, João Felipe Santana Rasi, Thaís Vasconcelos Rodrigues, Daniel Borgoni, Mônica Corrêa, Paulo Germano Marmorato, Danilo da Silva Jr., Leonardo Ferreira Almada, Matheus Oliva da Costa.

Objetivo: Discutir questões de Filosofia da Mente e Filosofia da Neurociência.

 

Atualizado em 18/08/2023


Grupo de Estudos de Filosofia e Direito

Coordenação: Prof. Dr. Milton Meira do Nascimento 


GELM (Grupo de Estudos de Latim Medieval)

Coordenação:  Prof. Dr. Lorenzo Mammì

O GELM reúne professores e estudantes de Filosofia Medieval no trabalho de tradução técnica de textos latinos que se preocupa não só com a correção da tradução, mas com sua tradição conceitual e com a consequente formação de vocabulário filosófico em língua portuguesa. Atualmente, o GELM se dedica à tradução das Oitenta e três questões diversas de Agostinho de Hipona.

Organização: Júlia Rodrigues Molinari (Doutoranda, USP), Julia Maia Peixoto Camargo (Mestre, USP), Gabriel Pedreira de Freitas Catapano (Mestrando, USP), Andre Botelho Scholz (Doutorando, USP).

Participam da tradução em curso:
Andre Botelho, Carlos Eduardo de Oliveira, Fernando Del Pozzo, Gabriel Catapano, José Carlos Estêvão, João Henrique Marques Corvetto, Julia Bunemer Nojiri, Julia Maia, Julia Molinari, Lorenzo Mammi, Luiz Fernando P. de Aguiar, Lucas Camargo dos Santos, Mizael Souza, Moacyr Novaes, Patrick Soares, Roberto Pignatari.

Colaboraram com a tradução em curso:
Aline Dainez, Ana Flávia Santos de Souza, Cléver Cardoso, Cristiane Ayoub, Daniel Fujisaka, Daniel R. Costa, Eliakim Oliveira, Fabrício Cristofoletti, Gustavo Paiva, Heloísa Gusmão, Luiz Marcos da Silva Filho, Marcello Cavichioli, Maria Isabel Silva, Paulo Jorge Leandro Benjoim, Pedro Fernandes, Rafael Barberino Rodrigues, Richard Lazarini, Rodrigo Sote, Tiago Grande.

Página: https://cepame.fflch.usp.br/

 

Atualizado em 19/07/2023


Grupo de Estudos em Estética Contemporânea

Coordenação: Prof. Ricardo Nascimento Fabbrini

Participantes: Astrid Sampaio Façanha, Betty Mirocznik, Caio Pompeu, Clara Camargo Costa, Fabiano Viana, Fernanda Almeida, Leonardo Rodrigues, Marcella Imparato, Matheus Silveira, Rafaela Alves Fernandes, Saulo Almeida, Thaís Bortolato, Vera Helena Alberich, Virginia Aragones Aita

O Grupo de Estudos em Estética Contemporânea dedica-se ao exame da produção artística, literária e arquitetônica a partir dos anos 1970, recorrendo a diferentes modalidades discursivas, como a reflexão estética, a historiografia da arte e a crítica de arte. Examina, entre outras referências, o dito pós-estruturalismo francês de Jean-François Lyotard, Jean Baudrillard, ou Roland Barthes; a crítica estética de Peter Burger e Fredric Jameson fundada na dita Teoria Crítica da Sociedade (Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Walter Benjamin e Jürgen Habermas) e a reflexão estética sobre a relação entre arte e política (ou arte e vida), a partir dos anos 1990, em Hal Foster, Jacques Rancière, Nicolas Bourriaud e Georges Didi-Huberman.

O Grupo é composto por orientandos em iniciação científica, e em pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, na área de estética, do Departamento de Filosofia da FFLCH-USP e por pós-graduandos do Programa Interunidades em Estética e História da Arte (PGEHA-USP). São realizados reuniões quinzenais e eventos regulares como seminários e colóquios.

Atualizado 20/07/2023


Grupo de Estudos Filosofia das Luzes - Modelos e Conceitos

Coordenação: Prof. Pedro Paulo Garrido Pimenta

Participantes: Alexandre Amaral (pós-doc,  Univ. Federal do Piauí, Ciro Lourenço (doc, USP), Clara de Castro (docente, PUC-Rio), Isabel Fragelli (USP), Júlia Marchevsky (doc, UFMG), Karen Shiratori (pós-doc, USP), Lara Pimentel (doc, USP), Leonardo Muller (docente, UFABC), Mauro dela Bandera (docente, Univ. Federal do Acre), Pedro Faraht (doc, USP), Pedro Nagem (doc, USP), Pedro Paulo Pimenta (docente, USP), Thiago Vargas Azevedo (pós-doc, USP).

Investigar as relações entre fisiologia, economia, gramática e política nas diferentes vertentes da filosofia do século dezoito. O grupo conta com a participação de pesquisadoras e pesquisadores em pós graduação e docentes na filosofia e em outras áreas como antropologia e economia, e acolhe alunas e alunos interessados, mesmo que oriundos da graduação. Reunindo-se quinzenalmente, a equipe trabalha com um formato aberto, no qual estão previstas palestras, comunicações, debates, discussões de livros e organização de eventos. Embora esteja centrado na pesquisa de tópicos relativos ao Século das Luzes, abre-se com frequência para estudos de outros períodos bem como para contribuições de outras disciplinas a acadêmicas. As reuniões não se propõem como espaço de disputas, privilegiam, ao contrário, os aspectos originais das pesquisas de cada participante.

Atualizado 04/2022


Grupo de Estudos Renascentistas

Coordenador: Prof. Sérgio Cardoso

Participantes: Ana Leticia Adame, Caio Eduardo C. Leitão, Silvio Gabriel Serrano Nunes, Edson Querubini, André Scoralik, Maria Cristina Theobaldo, Eugenio Mattiole Gonçalves

Matrizes do Republicanismo

Coordenação: Prof. Dr. Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros

Participantes: Adriana Carvalho Novaes (pós-doc USP), Alberto Paulo Neto (PUC-PR), Alberto Ribeiro Gonçalves de Barros (USP), Beatriz Viana de Araujo Zanfra (pós-doc USP), Bruno Santos Alexandre (UFAC)
Gustavo Hessmann Dalaqua (UNIOESTE), Martha Gabrielly Coletto Costa, Rodrigo Ribeiro de Sousa (UNICAMP), Alessandra Tsuji (doutoranda USP), Christiane Cardoso Ferreira (doutoranda USP), Daniel Chiaretti Doutorado (doutorando USP), Daniel Tamayo de Lima (mestrando USP), Isabel de Almeida Brand (mestranda USP).

O grupo de pesquisa Matrizes do Republicanismo reúne pesquisadores interessados no pensamento republicano. Ele visa examinar as principais matrizes do pensamento republicano e os principais textos responsáveis pela retomada do pensamento republicano na contemporaneidade. Pretende mapear as principais características de cada uma dessas matrizes - republicanismo ateniense, republicanismo romano, republicanismo renascentista, republicanismo inglês, republicanismo americano, republicanismo francês - e avaliar quais dessas matrizes estão presentes no republicanismo contemporâneo, além de discutir as formas de apropriação e utilização dessas matrizes. A intenção é compreender o ideário republicano e entender as razões dessa recuperação do republicanismo nas últimas década e qual seria sua contribuição para o debate político contemporâneo.

Atualizado 04/2022


CALF (Grupo de Pesquisa China Antiga: Literatura e Filosofia)

Coordenadores: Profª Drª Ho Yeh Chia (DLO/FFLCH) e Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter (DF/FFLCH)

Participantes: Doutorandos: Mário Masaru Sakaguti Júnior; Mestrandos: Chiu Yi Chih; Graduandos: André de Toledo Sader, Guilherme Augusto Ramos Alves, Gustavo André de Macedo Fiorello, Jeferson dos Santos Oliveira, João Alves Souza Neto, John Breno Rodrigues de Sousa, Júlia Garcia Vilaça de Souza, Mauro Augusto de Souza, Pedro Regis Cabral, Sabrina Alves Barbosa, Victor Danilo Bessa Roque de Moraes, Raquel Harumi de Sá, Thais Saccardi, Su Yueh Tzu; Colaboradores externos: Domenico A. Coiro, Marceli Andresa Becker

Os textos filosóficos produzidos na China Clássica constituem um imenso patrimônio cultural e têm sido, apesar disso, relativamente pouco estudados em nosso país. Apesar de algumas poucas produções isoladas de excelente qualidade, faltam grupos de pesquisa multidisciplinares dedicados ao estudo, interpretação e comentário de tais textos, inserindo-os no debate filosófico mais amplo.

É indispensável, antes de mais nada, que o exame dos clássicos chineses seja feito com a participação conjunta de historiadores da filosofia e de especialistas na língua chinesa, capazes de propiciar uma discussão acadêmica rica e consequente, que resulte no estabelecimento de uma linha de pesquisa na qual nossos alunos possam se inserir. Os dois coordenadores do CALF cumprem esses requisitos. A professora Ho Yeh Chia tem doutorado defendido sobre a obra de Mêncio, orientou diversos trabalhos de pesquisa de seus alunos no DLO e ministra cursos de língua e literatura chinesa há muitos anos na FFLCH. O professor João Vergílio Gallerani Cuter é especialista em filosofia da linguagem, em especial na obra de Wittgenstein, autor que se tornou central na recepção contemporânea da filosofia clássica chinesa. Informalmente, os dois professores têm organizado seminários semanais a respeito das obras de Zhuangzi e de Mêncio, da coleção de Odes integrante do corpus clássico confuciano e, mais recentemente, da filosofia da linguagem da tradição moísta. Com a formalização do grupo, os dois professores esperam dar maior visibilidade e inserção acadêmica a esse trabalho de pesquisa já iniciado.

O principal objetivo do grupo é investigar as relações entre filosofia e literatura na China Clássica. Com esse fim, os coordenadores organizarão seminários periódicos de pesquisa reunindo alunos de diversos departamentos da FFLCH, em especial dos departamentos de Filosofia (DF) e de Letras Orientais (DLO). O grupo buscará também estabelecer contato com centros de pesquisa no Brasil e no exterior com a finalidade de organizar eventos, realizar pesquisas conjuntas e promover o intercâmbio de alunos e pesquisadores.


Grupo de Pesquisa de Estilos de Raciocínio Científico

Coordenação: Prof. Dr. Valter Alnis Bezerra

Participantes: Otávio Bueno (U. Miami), Lorenzo Baravalle (UFABC), Claudemir Tossato (Unifesp), Oswaldo Melo Souza Filho (Pirassununga), Osvaldo Frota Pessoa Jr. (USP) e Pablo Mariconda (USP)

Apresentação: Há diferentes estilos de raciocínio nas ciências: formas de conceber e investigar determinados domínios científicos, incluindo padrões de evidência, de inferência, e formas de constituição de objetos nessas áreas. A noção de estilo permite capturar aspectos relevantes da dinâmica da ciência que não seriam abarcados por outras noções metacientíficas, como paradigmas, teorias, programas de pesquisa e tradições de pesquisa, e também possibilita a interpretação e a compreensão mais plenas do processo histórico de desenvolvimento do conhecimento científico e da prática científica.

No curso da pesquisa, será realizada uma investigação em três frentes. (I) Uma reflexão filosófica teórica sobre a própria noção de estilo, tanto considerando as propostas já existentes na literatura quanto buscando o desenvolvimento de uma proposta própria. (II) Um mapeamento da variedade de estilos de raciocínio presentes na ciência (dedutivo, hipotético, experimental, estatístico, taxonômico, evolutivo, entre outros) e de suas características distintivas, bem como a exploração do seu potencial para a compreensão de aspectos da prática científica. Incluem-se aqui estudos de casos específicos. (III) A exploração dos desdobramentos possibilitados pela investigação teórica do item (I) e apoiada pelo mapeamento e pelos estudos de casos do item (II), no sentido de uma articulação de novos tipos de estilos (por exemplo, computacional-simulativo, imaginativo-teórico, instrumental). Serão também examinadas as conexões entre nossas concepções acerca dos estilos de raciocínio e as questões relacionadas já tradicionais em filosofia da ciência. Financiamento: CNPq. Realizado em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da USP.

Grupo de Pesquisa de Exploração Computacional de Histórias Contrafactuais da Ciência

Coordenação: Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Jr.

Partipantes: Rodrigo de Faria (Doutorando, DF), Daniel Carlos de Melo Marcílio (IC, Escola Politécnica), Rafaela Gesing (IC, IFUSP), Mariana Jó de Souza (IC, IFUSP), Caroline Andreassa Caracho (IC, IAG-USP).

Apresentação: Dentre as abordagens contemporâneas à filosofia da ciência está a análise das relações de causalidade entre “avanços” científicos. Um avanço, neste contexto, é qualquer unidade de conhecimento que possa ser transmitida entre cientistas, o que engloba não só ideias, mas também dados e técnicas experimentais, explicações, leis, definições, problemas, motivações, etc. Nesta fase do projeto, elaboramos “modelos causais” para a astronomia antiga e moderna, a espectroscopia no séc. XIX e a revolução das tectônicas de placas, nos anos 1960. Elaboramos o programa de computador Sim Poss 1, que gera histórias contrafactuais a partir de um modelo causal dado, variando nos mundos possíveis o tempo entre as causas e o efeito, de acordo com uma função de distribuição gama. Isso permite atribuir uma probabilidade para um certo cenário contrafactual.


Grupo de Pesquisa em Epistemologia Histórica da Cultura Científica

Coordenação: Profº Drº Maurício de Carvalho Ramos

Participantes: Fernando Cesar Pilan, Flávio Francisco Nascimento, Guilherme Francisco Santos, Hugo Neri, João Alex Costa Carneiro, João Paulo Pedroso Ferreira, Marcus Vinícius Russo Loures, Marcello Luchini, Sabrina Acosta, Vitor Antonio de Araujo, Felicidade Gouvea Muñoz

Grupo de pesquisa interdisciplinar que investiga várias expressões epistemológicas históricas de problemas, temas e conceitos presentes em uma série de culturas científicas dedicadas ao conhecimento da vida, do organismo e da morfologia. As principais metas do grupo são: (1) oferecer ambiente, formação e meios para a realização de pesquisas rigorosas por equipes interdisciplinares orientadas pelo estilo de pensamento, pela heurística e pelo método epistemológico histórico; (2) criar um espaço institucional especificamente e exclusivamente dedicado à pesquisa interdisciplinar.

Por interdisciplinar entendemos uma investigação prática que anule a disciplinaridade independentemente de teorias, conceitos e distinções preestabelecidos acerca de possibilidades de relações entre disciplinas (interdisciplinaridade, multidisciplinaridade, transdisciplinaridade etc.). A pesquisa em equipe é feita participando de projetos cuja concepção, desenvolvimento e publicação de resultados são feitos por mais de um autor. Investigar problemas, temas e conceitos exclui de seus projetos estudos específicos de autores (um ou mais), de escolas (uma ou mais) e de períodos cronológicos (de qualquer amplitude). O estudo no interior de culturas científicas inclui componentes tradicionalmente eliminados da ciência, como os mitos e as ideologias. Utilizar a abordagem epistemológica histórica não é adotar uma escola epistemológica histórica (francesa ou de outra nacionalidade), mas um estilo de pensamento, uma heurística e um método de investigação cujas características principais são (i) a manutenção permanente de uma relação dialética entre epistemologia e história em todos os momentos da investigação; (ii) realizar estudos sobre o desenvolvimento de conceitos e não de teorias; (iii) combinar interesses filosóficos e históricos a interesses científicos que envolva o conhecimento dos fenômenos; (iv) não adotar (1) a ideia de precursor, (2) o critério de demarcação entre ciência e não ciência, (3) a distinção entre história interna e externa e (4) a distinção entre contexto de descoberta e contexto de justificação. A abordagem epistemológica histórica não pratica a abordagem no interior da tradição analítica em filosofia e história da ciência. Por fim, o grupo estimula o trabalho autoral, o espírito científico e almeja contribuir para a aproximação crescente entre as áreas e subáreas do conhecimento.

Grupo de Estudos de Política e Subjetividades (GEPS – DF/USP)

Coordenação: Profa. Dra. Silvana de Souza Ramos

Participantes: Carolina Bernardine Antoniazzi, Clêmie Ferreira Blaud, Diogo Francisco de Oliveira, Elizete Waughan da Silva, Emanuel Messias Almeida, Iracy Ferreira dos Santos Júnior, Lis Macêdo de Barros, Luana Alves dos Santos, Lucas Bittencourt Vasconcellos, Lucas Paolo Sanches Vilalta, Maia de Paulo, Manoel Coracy Saboia Dias, Mariana di Sheila Piazzolla, Mario Antunes Marino, Melissa Tami Otsuka, Ricardo Polidoro Mendes, Simony Campello, Victor Frohlich Cortez

O Grupo de Estudos de Política e Subjetividades (GEPS – DF/USP) tem por objetivo reunir pesquisas que abordem conceitos fundamentais para a compreensão da política e das subjetividades na contemporaneidade. Em primeiro lugar, são realizados estudos de filosofia política clássica, especialmente de noções tais como as de democracia, corpo político, lei, cidadão e soberania. Em segundo lugar, procuramos compreender como essas noções são reavaliadas pela experiência política contemporânea, quando conceitos com os de dispositivo, disciplina, biopolítica, indeterminação, sociedade, espaço vazio, poder e comum apontam para uma nova configuração tanto da vida coletiva quanto das subjetividades. Em terceiro lugar, investigamos a proliferação de novas subjetividades, especialmente, buscamos compreender a configuração da luta política por meio de identidades – de gênero, raça e classe – e a transfiguração mesma dessas identidades na medida em que se colocam em questão e questionam, ao mesmo tempo, o poder.

Atualizado 04/2022


GeFen – Grupo de estudos de fenomenologia da USP

Coordenadores: Prof. Alex Moura e Prof. Marcus Sacrini

Participantes: Álvaro Itie Febrônio Nonaka (mestrando DF-USP), Artur Scavone (mestrando DF-USP), Celso Marques Junior (Doutorando DF-USP), Dani Barki Minkovicius (Doutorando DF-USP), Daniel Ballester Marques (Doutorando DF-USP), Daniel Peluso Guilhermino (Doutorando DF-USP), Felipe Maia da Silva (Doutorando DF-USP), Guilherme Ludovice Funaro (graduado USP), Israel Rossi Milhomem (Mestrando DF-USP), Paula Feijó de Medeiros (Mestranda DF-USP), Rafael Zambonelli Nogueira (Doutorando DF-USP),  Ricardo F. Santos (Mestrando DF-USP),  Vinicius Paiola de Oliveira (Mestrando DF-UFABC).

Criado em 2018, o Grupo de Estudos de Fenomenologia da USP (GEFen) surgiu da iniciativa de pesquisadores do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo de conectar suas pesquisas e promover a discussão sobre filosofia fenomenológica em geral. Atualmente, o grupo concentra suas atividades em duas linhas principais:
(1) Realização quinzenal de uma sessão de discussão de textos relevantes do movimento fenomenológico, a partir de um calendário pré-estabelecido. Em geral, cada encontro conta com uma exposição sobre o texto trabalhado seguida de um debate.
(2) Promoção de eventos abertos ao público geral – como colóquios, minicursos e palestras – com a participação de pesquisadores convidados, nacionais e internacionais.
Durante o período de isolamento social proporcionado pela pandemia de COVID-19, o grupo tem realizado suas atividades virtualmente.

Atualizado 04/2022


Grupo de Estudos Filosofia e Teoria Crítica

Coordenador: Prof. Luiz Repa

Participantes: Simone Fernandes - USP, Renata Guerra - USP, Bruno Klein - USP, Lucas Souza - USP, Lucas Axt - USP, Mariana Fidelis - USP, Fabiana Del Mastro - USP, Gisele Carvalho - USP, Paulo Amaral - USP, Felipe Ribeiro - USP, Gabriel Kugnharski - USP

Busca-se investigar o cruzamento das orientações metodológicas e epistemológicas, de um lado, e das orientações morais e políticas, de outro lado, que são próprias da tradição de pensamento da Teoria Crítica. A pesquisa congrega abordagens de diversos autores dessa tradição, interrogando sempre como questões políticas e metodológicas se implicam em seus pensamentos. Desse modo, o projeto abarca desde pesquisas sobre Horkheimer, Adorno, Marcuse e Benjamin, como também os autores mais recentes da teoria crítica, como Habermas, Honneth, Fraser, Benhabib, etc., tendo como referência a filosofia clássica alemã, em especial a filosofia hegeliana. O grupo busca cumprir também o propósito formativo, colocando em discussão a produção intelectual e acadêmica de seus membros, assim como o propósito de atualizar o diagnóstico crítico da contemporaneidade.

Atualizado 04/2022


Grupo Res Publica

Coordenação: Patricio Tierno (DF-USP), Patrícia Fontoura Aranovich (Unifesp)

Participantes: Alessandra Tsuji, Ana Letícia Adami Batista, Caio Eduardo Cunha Leitao, Christiane Cardoso Ferreira, Fernanda Elias Zaccarelli Salgueiro, Flavia Roberta Benevenuto de Souza, Frederico Lopes de Oliveira Diehl, Isadora Prévide Bernardo, Mariana de Mattos Rubiano, Natan de Santana Morador, Patricia Fontoura Aranovich, Patricio Tierno, Priscila Aragão Zaninetti, Renato Ambrosio, Rodison Roberto Santos, Rodrigo Ribeiro de Sousa, Taynam Santos Luz Bueno, André Manoel do Nascimento, Diego de Freitas, Giovani Valério Graciano Borges, Gustavo Ceneviva Zuccolotto, João Pedro Argondizo Correia, Vinícius Leardini Gonzaga

O grupo Res Publica reúne pesquisadores de vários temas, autores e períodos, das áreas de humanidades, cujos interesses convergem justamente para o assunto da política (a coisa pública). Para contemplar esse assunto, os estudos centram-se em autores clássicos, transitando por todos os temas relativos à política, como a retórica, a história e a historiografia e a filosofia moral.
Quanto ao método de trabalho, o programa de leituras é definido por semestre, acompanhado por exposições e seminários especiais. Quando o tema o justifica, podem ser convidados especialistas em determinado autor/obra. A dinâmica das reuniões é aberta, dividida em leitura e discussão. Em geral, utilizam-se textos originais pertencentes tanto ao período antigo greco-romano como da primeira modernidade (Renascença), que são contrastados com diferentes versões de tradução em distintas línguas.

Diretório CNPq: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/749455

Atualizado 20/07/2023


Grupo de pesquisa “Iluminismo à contraluz”

Coordenação: Oliver Tolle (DF-USP), Márcio Suzuki (DF-USP), Mario Spezzapria (UFMT), Juliana Ferraci Martone (UFScar)

Participantes: Adriano Bueno Kurle; Celi Hirata; Juliana Ferraci Martone; Leonardo Rennó Ribeiro Santos; Luis Fernandes dos Santos Nascimento: Márcio Suzuki; Mario Spezzapria; Oliver Tolle; Saulo de Freitas Araujo; Ada Cristina Ferreira; André Aureliano Fernandes; Felipe Sá Cavalcante Alves; Francisco Silva Neto; José Feres Sabino; Mariana de Oliveira Neves; Neusa Monteiro; Ricardo Araujo Parro; Rodney Ferreira; Victor Cezar Ferreira.

O grupo reúne pesquisadores e estudantes da UFMT, USP e UFSCar, coordenando e integrando as atividades de pesquisa deles sobre os desenvolvimentos da filosofia leibniziana e wolffiana em temas estéticos, psicológicos e antropológicos no século XVIII. O objetivo principal a ser perseguido por este plano coletivo de pesquisa é construir um quadro histórico-conceitual que proporcione uma visão geral da psicologia empírica wolffiana nos desdobramentos que ela conheceu na Popularphilosophie. Secundariamente, a análise de obras de autores do iluminismo, do anti-iluminismo e da filosofia popular alemã (Wolff, Baumgarten, Herder, Hamann, Moritz) da época de Kant intende procurar uma melhor compreensão do contexto histórico da antropologia pragmática e da filosofia crítica kantiana, e da suas relações com os debates filosóficos da época.

Atualizado 04/2022


Seminário de Filosofia: Agostinho e a grande década 

Coordenação: Moacyr Novaes (DF-USP), Luiz Marcos da Silva Filho (UFU), Maurizio de Silva (UFPR)

Participantes: Camila Melo Silva , Cristiane Negreiros Abbud Ayoub , Fernanda Almeida , Jairo Cruz Pinto , Juliana das Neves Correa Marques , Júlio Roberto Pardo de Paula , Leandro Bachega , Luiz Marcos da Silva Filho , Marcus Carnivali , Maurizio Filippo Di Silva , Mauro Luiz do Nascimento Júnior , Mizael Pinto de Souza , Moises Alves de Souza , Roberto Barboza , Robson Pienegonda , Tiago Aparecido Freire , Victor Sousa Santos , Walterson José Varga. .

Uma abordagem possível das "Confissões" de Agostinho consiste em estudar as obras da década de 390, que seriam, hipoteticamente, uma preparação para aquilo que veio a ser um clássico da história da filosofia. Além das obras publicadas como livros, diversos sermões e cartas desse período mostram-se fonte proveitosa para a compreensão de temas, conceitos e argumentos, bem como para o entendimento do vocabulário e das escolhas formais do Autor. Em particular, o De doctrina christiana, notadamente seu prólogo e os três primeiros livros, são verdadeiros manancial e laboratório para a composição das Confissões. Desse modo, o grupo reúne há quatro anos, com regularidade quase quinzenal, estudos e estudiosos da filosofia de Agostinho, em particular sobre as obras da década de 390. O núcleo são professores de diversas universidades, associados a seus orientandos de IC, mestrado ou doutorado. Atualmente o grupo realiza seminários quinzenais sobre o De doctrina christiana, análise de texto e temas conexos que emergem das análises do texto. Também discutimos trabalhos em preparação e publicações recentes dos integrantes.

Atualizado 08/2024


NÓS - Grupo de Estudos sobre Feminismos da USP

Coordenação: Profa. Tessa Moura Lacerda

Participantes: Aline Dainez (mestranda/ DF-FFLCH), Bárbara Pina (doutoranda/ DF-FFLCH), Cleyton Munchow (doutorando/DF-FFLCH), Cyndel Augusto (mestranda/FE), Eduarda Marques (graduanda/DF-FFLCH), Gabriela Macedo (mestranda/FE), Jéssica Omena (doutoranda/DF-FFLCH), Júlia Bistane (doutoranda/Unicamp), Luana Santos (doutoranda/DF-FFLCH), Martina Florêncio (mestranda/DF-FFLCH), Maya de Paiva (graduanda/DF-FFLCH)
Newton Branda (doutorando/DF-FFLCH), Renata Wrobleski (doutoranda/DF-FFLCH), Rita Loiola (doutoranda/DTLLC-FFLCH), Waleska Francisco (doutoranda/ EF)

Leitura e seminários de autoras e atores contemporâneos que escrevem sobre os feminismos.
Introdução aos feminismos: trata-se de refletir sobre a questão da Identidade do sujeito, um dos pilares do pensamento filosófico ocidental, a partir da crítica feita pelas filosofias feministas sobretudo ao longo do século XX.
Quais são os processos de construção da subjetividade na contemporaneidade? O que é o sujeito e qual a relação entre subjetividade e sujeição? É possível falar de “identidade do sujeito”? Quando Simone de Beauvoir escreve a famosa frase “não se nasce mulher, torna-se mulher”, inaugurando sua reflexão sobre o feminismo em O segundo sexo, traz à tona um questionamento sobre a naturalidade biológica do sexo e sobre a identidade do sujeito tal como era pensada pela metafísica clássica ocidental. 
Autoras como Ângela Davis, bell hooks, Patrícia Hill Collins e as brasileiras Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Denise Ferreira da Silva, questionam a ideia de um sujeito universal e denunciam que a afirmação de uma identidade (tal como se fez ao longo da História da Filosofia até o século XX) que pode levar ao apagamento das diferenças como constitutivas dos sujeitos concretos. Dessa maneira, esses feminismos mostram que a afirmação da identidade do sujeito implica a exclusão de outros sujeitos possíveis, que passam a ser desumanizados e considerados como o “Outro”. Por outro lado, o apagamento de qualquer ideia de identidade do sujeito, como sugerem alguns filósofos, por exemplo Deleuze e Foucault, poderia levar ao apagamento de diferenças concretas que distinguem os sujeitos políticos. Como pensar a diferença sem que esta implique a exclusão daqueles que estão fora da “norma”? 
Os seminários visam pensar essa desconstrução e construção da subjetividade contemporânea a partir das reflexões sobre a identidade da “mulher”, sobre a construção social e política do gênero, sobre os dispositivos de controle e subjetivação da sociedade contemporânea. 

Atualizado 19/07/2023


A filosofia da religião da perspectiva de Wittgenstein

Coordenação: Prof. João Vergílio Gallerani Cuter

Participantes: João Vergílio Gallerani Cuter (professor/FFLCH), Isadora Saldanha de Miranda (Iniciação científica/FFLCH), André Kfouri (doutorado/Universidade Nova de Lisboa), Rodrigo Castro Lima (doutorado/FFLCH)

(1) Investigar até que ponto e de que modo uma filosofia wittgensteiniana da religião pode ultrapassar os limites da mera análise da linguagem religiosa. Em especial, investigar a possibilidade e o estatuto de um discurso que justifique ou fundamente a fé, bem como de discursos que, sem pretender justificar ou fundamentar a fé religiosa, tenham uma relação forte com ela no sentido de propiciá-la, abrir e explorar seus horizontes, dar-lhe maior articulação interna. (O pano de fundo, neste caso, é a negação dessas possibilidades que comumente se tem a esperança de encontrar numa filosofia da religião vinculada a Wittgenstein.)
(2) Investigar as proximidades e distâncias existentes entre o misticismo do Tractatus e a filosofia madura de Wittgenstein. 
(3) Buscar conexões entre o que Wittgenstein disse a respeito do misticismo e das crenças religiosas (com destaque para o cristianismo) e o que outros filósofos e teólogos (especialmente os cristãos) disseram a esse respeito.

Atualizado 04/2022


Grupo de Estudos de Graduação sobre Filosofia Moderna

Coordenação: Profs. Luís César Oliva e Homero Santiago

Participantes: Luís César Oliva (Professor USP), Homero Santiago (Professor USP), João Pedro Cavalcante (graduando USP), Lucas André Marques (graduando USP), Lucas Vinícius Correa (graduando USP), Mirian Scavone (graduanda USP), Ruan Gabriel (graduando USP), Abel Beserra (mestrando USP)

O objetivo do grupo é incrementar as pesquisas sobre filosofia moderna, especialmente do século XVII, entre alunos de graduação. O ponto de partida será a análise dos Princípios da Filosofia, de René Descartes, seguindo para os comentários seiscentistas desta importante obra. Depois dessa etapa inicial, passaremos a outras obras filosóficas fundamentais da filosofia do século XVII, sempre estudadas em seminários feitos pelos alunos, alternando com a apresentação dos projetos individuais de pesquisa deles. Os atuais participantes são os orientandos de iniciação científica dos quatro professores da área no Departamento (Marilena de Souza Chaui, Luís César Guimarães Oliva, Homero Santiago e Tessa Moura Lacerda), mas o grupo está aberto a outros alunos de graduação com interesse sobre o assunto.

Atualizado 04/2022


Grupo de Investigações Filosóficas em Estética – GIFE

Coordenação: Oliver Tolle

Participantes: André Aureliano Fernandes, André Pascoal da Silva, Cibele Saraiva Kunz, João Azevedo Abreu, Luiz Henrique Couto Martins, Natália Acurcio Cardoso, Neusa Monteiro, Pablo de Morais, Rosana de Oliveira, Simei Doblinski, Thiago Kistenmacher Vieira, Victor Tavares Bertucci.

O Grupo de Investigações Filosóficas em Estética (GIFE), criado em 2022 a partir de um grupo de estudos coordenado pelo Prof. Dr. Oliver Tolle em 2019, é formado por pesquisadores e estudantes da Universidade de São Paulo. Os interesses de pesquisa de seus membros incluem, sem se limitar, a psicologia empírica de Baumgarten, a filosofia idealista de Hegel, a arte em Nietzsche, a teoria literária de Marcuse, a crítica da arte de Greenberg, a estética e crítica de arte em Huysmans e outros, mantendo interesse na relação destes temas com outras áreas do conhecimento e com as teorias e práticas da Antiguidade e da Contemporaneidade. O GIFE é também responsável pela realização anual dos Encontros de Estética Moderna e pela publicação dos seus anais.

Atualizado 04/2023

 

Laboratórios

Latesfip (Laboratório de Estudos em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise)

Coordenação: Profs. Drs. Vladimir Safatle (FFLH/USP); Christian Dunker (IP/USP); Nelson da Silva Jr. (IP/USP)

Participantes: Ronaldo Manzi Filho, Fabio Franco, Juliana Labut, Virginia Helena, Yasmin Afshar

O Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise é um Laboratório científico (Centro de pesquisa) interdepartamental vinculado ao Departamento de Filosofia e ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). O LATESFIP tem por objetivo fornecer o suporte acadêmico para o desenvolvimento de pesquisas interdepartamentais e divulgação científica na área de articulação entre psicanálise, filosofia e teoria social. Desta forma, o Laboratório visa colaborar com a efetivação do ideal de interdisciplinaridade que guia esta Universidade no campo das ciências humanas criando estruturas que levam em conta o potencial de pesquisa em uma área de longa tradição no cenário acadêmico brasileiro e uspiano. Por outro lado, ele visa criar um campo de desenvolvimento e de discussões capaz de colaborar para o fortalecimento de trabalhos dos Programas de Pós-Graduação dos Departamento de Filosofia e Instituto de Psicologia desta Universidade que tenham como foco algum dos aspectos das articulações entre filosofia, psicanálise e teoria social.

 


Laboratório de pesquisa interdisciplinar em epistemohistoria das culturas científicas

Coordenação: Maurício de Carvalho Ramos

Participantes: Maurício de Carvalho Ramos (FFLCH/DF, livre-docente), Alberto Fernando Blumenschein Cruz (mestrando FFLCH/DF), Gabriel Chiarotti Sardi (doutorando, FFLCH/DF), Luiz Fernando de Oliveira Proenza (doutorando, FFLCH/DF), Giovanna Perez Altieri (mestranda, FFLCH/DF), Fabio Morales Namura (mestrando, FFLCH/DF), Jullian Henrique Barbosa dos Santos (doutor IAG), Danilo Bertoletti Gonçalves (Graduado em Filosofia), João Alex Carneiro (Doutor em Filosofia - USP), Sabrina Acosta (Mestranda em Filosofia - UFABC)

Grupo de pesquisa interdisciplinar que investiga várias expressões epistemológicas históricas de problemas, temas e conceitos presentes em uma série de culturas científicas dedicadas ao conhecimento da vida, do organismo e da morfologia. As principais metas do grupo são: (1) oferecer ambiente, formação e meios para a realização de pesquisas rigorosas por equipes interdisciplinares orientadas pelo estilo de pensamento, pela heurística e pelo método epistemohistorico; (2) criar um espaço institucional especificamente e exclusivamente dedicado à pesquisa interdisciplinar. Por interdisciplinar entendemos uma investigação prática que anule a disciplinaridade independentemente de teorias, conceitos e distinções preestabelecidos acerca de possibilidades de relações entre disciplinas (interdisciplinaridade, multidisciplinaridade, transdisciplinaridade etc.). A pesquisa em equipe é feita participando de projetos cuja concepção, desenvolvimento e publicação de resultados são preferencialmente feitos por mais de um autor. Investigar problemas, temas e conceitos tende, em nosso método, a afastar-se de estudos específicos de autores (um ou mais), de escolas ou doutrinas (uma ou mais) e de períodos cronológicos (de qualquer amplitude). O estudo no interior de culturas científicas inclui componentes tradicionalmente eliminados da ciência, como os mitos e as ideologias. Utilizar a abordagem epistemohistorica não é adotar uma escola epistemológica histórica (francesa ou de outra nacionalidade), mas um estilo de pensamento, uma heurística e um método de investigação cujas características principais são (i) a manutenção permanente de uma relação dialética entre epistemologia e história em todos os momentos da investigação; (ii) realizar estudos sobre o desenvolvimento de conceitos e não de teorias; (iii) combinar interesses filosóficos e históricos a interesses científicos que envolva o conhecimento dos fenômenos; (iv) não adotar (1) a ideia de precursor, (2) o critério de demarcação entre ciência e não ciência, (3) a distinção entre história interna e externa e (4) a distinção entre contexto de descoberta e contexto de justificação. A abordagem epistemohistorica contrasta com a tradição analítica em filosofia e história da ciência. Por fim, o grupo estimula o trabalho autoral e coletivo, o espírito científico e almeja contribuir para a aproximação crescente entre as áreas e subáreas do conhecimento.

Atualizado 20/07/2022