Os selvagens de Rousseau

Organização
Leonardo O. Moreira, Fabien Pascal Lins e Milton Meira do Nascimento
Editora
EDITORA PHI
Edição
1a
Ano
2021
ISBN/ISSN
978-65-88691-07-6

Pensar a recepção dos “selvagens” na Filosofia é, de certo modo, repensar nossas primeiríssimas relações com a Filosofia. É pensar sobre como os povos originários, que aqui habitavam antes das invasões, puderam fornecer ricos e variados elementos que serviram para a Filosofia repensar a sociedade, a moral, os costumes e a política ocidental no auge da Modernidade. Os selvagens de Rousseau não são apenas os ameríndios por meio da filosofia e dos relatos de viagem. O homem primitivo, natural ou original de Rousseau, é também o “homem selvagem”; e sua grande obra pedagógica concebe o personagem Emílio como uma espécie de selvagem, feito para habitar as cidades. E o Discurso sobre a desigualdade retoma a acalorada discussão sobre os enfants sauvages. Os selvagens, em suas distintas expressões, perpassam toda a obra de Rousseau, incluindo, além do mencionado discurso e do Emílio, o Discurso sobre as ciências e as artes, o Ensaio sobre a origem das línguas, entre outros fragmentos e cartas. Dada a relevância e sistematicidade do tema, propomos ao leitor um prisma variado de análises para começarmos a suplantar as lacunas sobre a questão