“A música institui sua própria temporalidade. Ela não é, como em geral se afirma, uma arte do tempo. Deste ela faz apenas uso para que possamos dele nos esquecer. Quando Schopenhauer afirmava, na Metafísica do belo, que a arte “retira o objeto de sua contemplação da torrente do curso do mundo e o isola diante de si”, já não seria isso a própria Utopia? Toda música é um convite a um topos de uma Utopia.”(Flo Menezes)
"Sempre tive a impressão de que compor era tentar liberar o tempo do mundo, isso no sentido de retirá-lo de sua colonização domesticadora que, exatamente através de dispositivos como a música sem força de criação, impôs-se com suas estruturas de estereotipia, de repetição e desenvolvimento controlados, de tensão e distensão" (Vladimir Safatle)
