O livro discute a recepção da filosofia de Nietzsche por Max Horkheimer, formulador da noção de “teoria crítica”, tomando como fio condutor a sua investigação de aspectos da constituição subjetiva que vão na direção oposta da autonomia e envolvem a fixação pela autoridade, o ressentimento, a agressividade das massas e a prevalência de uma irrefletida racionalidade adaptativa e conformista. O tema é abordado principalmente com base nos escritos dos anos 1930 e 1940 nos quais Horkheimer desenvolve uma leitura de Nietzsche que enfatiza o seu vislumbre e a sua crítica a tendências psicológicas que apontavam para além de seu tempo e teriam culminado na adesão das massas ao fascismo. Tratar desta questão envolve também pensar a sua obra conjunta com Theodor Adorno, tangenciar a aproximação da teoria crítica com a psicanálise e discutir os destinos da recepção de Nietzsche, inicialmente, em um contexto histórico em que teóricos do nacional-socialismo tentavam se apropriar de sua filosofia, e boa parte da esquerda marxista rejeitava o seu pensamento, mas também na resposta da literatura posterior à sua recepção pela teoria crítica, sobretudo, em vista de sua proeminência na Dialética do esclarecimento.
Subjetividade e dominação: a filosofia de Nietzsche na teoria crítica de Horkheimer dos anos 1930 e 1940
Autor
Simone Fernandes
Editora
Editora UFABC
Edição
1a
Ano
2022
ISBN/ISSN
9786589992141
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