Marilena de Souza Chaui

Afiliação acadêmica
Professor Emérito
Especialização
História da Filosofia Contemporânea

Histórico Acadêmico

  • 1987 Pós-doutorado pela BNP - Bibliotèque Nationale de Paris
  • 1986 Professor Titular pela Universidade de São Paulo na disciplina de História da Filosofia Moderna
  • 1977 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A nervura do real: Espinosa e a questão da liberdade
  • 1971 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Profa Dra Gilda Rocha de Mello e Souza 
    Título do trabalho: Introdução à leitura de Espinosa
  • 1967 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior 
    Título do trabalho: Merleau-Ponty e a crítica do humanismo
  • 1965 Licenciatura pela Universidade de São Paulo
  • 1965 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Liberdade e necessidade na ética de Espinosa 
Resumo: Exame da tradição interpretativa da obra de Espinosa em vista de refutar a tese corrente segundo a qual sendo a filosofia de Espinosa uma filosofia da necessidade absoluta que recusa vontade livre para Deus e para o homem é incompatível com uma ética da liberdade.

 

A elaboração espinosana de uma ciência dos afetos (ruptura com a tradição da contingência e afirmação da necessidade)
Resumo: Pretendemos desenvolver nossa pesquisa examinando os conceitos e os procedimentos empregados por Espinosa para romper com a tradição greco-latina da contingência do pathos e da conseqüente impossibilidade de uma ciência das paixões e das ações humanas. Essa ruptura implicará ainda numa subversão teórica sem precedentes, pois afastar a contingência na vida afetiva significa também afastar pressupostos cristãos e modernos, a saber, as imagens da vontade como livre-arbítrio e da razão como poder de governo absoluto das paixões. Nossa pesquisa estará voltada prioritariamente para o exame das Partes II, III e IV da Ética.

Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
História da Filosofia Moderna II
E-mail
mcacciola@uol.com.br

Histórico Acadêmico

  • 2011 Pós-Doutorado. 
    Universidade de Salento, USL, Itália. 
  • 1990 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Rubens Rodrigues Torres Filho 
    Título do trabalho: Schopenhauer e a questão do Dogmatismo
  • 1982 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Rubens Rodrigues Torres Filho 
    Título do trabalho: A Crítica da Razão no pensamento de Schopenhauer
  • 1975 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo
  • 1966 Graduação Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Pesquisa emdesenvolvimento

A questão do dogmatismo no Idealismo Alemão
Resumo: A pesquisa se refere ao período chamado de idealismo alemão, principalmente nos seus antecessores contemporâneos de Kant, como Reinhold, Schulze e Jacobi. Por meio do estudo dos seus pensamentos, procura-se traçar a gênese do "idealismo" e da de sua evolução. Marca-se assim, levando em conta as diferentes fontes, todas de algum modo relacionadas ao pensamento de Kant, as divergências entre os pensadores, comumente reunidos sob a mesma rubrica de idealistas. Além disso, pretende-se traçar os rumos internos de cada um dos idealistas mais conhecidos como Fichte, Schelling, Hegel e Schopenhauer, mostrando as tendências tardias de suas filosofias, que chegariam mesmo a abandonar as posições de um "idealismo" mais ortodoxo, em direção a posições mais "materialistas".

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
ANDRÉ MÁRIO GONÇALVES OLIVEIRA ÉTICA E ANTINATALISMO: A CRÍTICA DE JULIUS BAHNSEN A SCHOPENHAUER Doutorado
ARTUR RIBEIRO DE MENDONÇA CARDOSO Hegel e Espinosa: um debate indireto sobre teleologia Mestrado
GABRIELA CORBISIER TESSITORE Meios de Comunicação de Massa e Subjetividade em Walter Benjamin e Theodor Adorno Doutorado
IVAN AUGUSTO GARCIA OLIVEIRA Os percalços da modernidade nascente Mestrado
VIVIANE CRISTINA RODRIGUES CARNIZELO Sentimentos: acerca do Sublime de Schiller e do Unheimliche de Freud Mestrado

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Maria das Graças de Souza

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Ética e Filosofia Política
E-mail
mgsouza@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2005 Professora Titular da disiplina de Ética e Filosofia Política pela Universidade de São Paulo
  • 1999 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Ilustração e história
  • 1990 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Luiz Roberto Salinas Fortes / Profa. Dra. Marilena de Souza Chaui 
    Título do trabalho: Natureza e ilustração: sobre o materialismo de Diderot
  • 1983 Mestrado em Filosofia pela Universidade  de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. João Paulo Gomes Monteiro
    Título do trabalho: Voltaire e o materialismo do século XVIII
  • 1981 Especialização em Diplôme D'études Approfondes Filosofia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, EHESS, França
  • 1971 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Matéria e história nas luzes francesas
Resumo: Trata-se da relação entre história e política no pensamento moderno, mais especificamente nas luzes francesas, e particularmente na obra dos chamados materialistas da ilustração. A questão central pode ser colocada nos seguintes termos: se considerarmos que o materialismo se apresenta como uma redução do mundo propriamente humano ao campo da matéria, ou seja, ao campo da determinação natural, trata-se de saber como é possível, neste quadro de pensamento, conceber a história, se a entendermos como o domínio próprio da vontade e da ação humana, lugar próprio da indeterminação, da criação, enfim, da liberdade. Nossa hipótese de trabalho é a de que, se o materialismo das luzes se constrói a partir da idéia de natureza, é a partir da noção de natureza que ele pode realizar a crítica da história.

Marco Aurélio Werle

Afiliação acadêmica
Professor Titular
E-mail
mawerle@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2009 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título da tese: A estética de Hegel: sua época e herança
  • 2000 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A forma da representação poética: filosofia e poesia em Hegel
    Orientação: Prof. Dr. Victor Knoll
  • 1996 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A noção de poesia em Hölderlin, segundo Heidegger
    Orientação: Prof. Dr. Victor Knoll
  • 1992 Graduação em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina

Pesquisa em desenvolvimento

Entre filosofia e literatura: a estética de Hegel na época de Goethe
Resumo: Trata-se de desenvolver alguns tópicos situados no âmbito da fundamentação da estética como disciplina filosófica, cujo pano de fundo ou ponto de fuga é a proposta sistemática da estética de Hegel, na relação com o pré-romantismo (Herder), o classicismo de Weimar (Goethe e Schiller) e o romantismo literário alemão (Hoffmann). Com isso, dou continuidade às investigações em torno da estética de Hegel e sua época, assunto que me vem ocupando nos últimos 15 anos e que alcançou alguns desdobramentos, em termos de publicações: na direção do classicismo de Weimar (tradução dos Escritos sobre arte de Goethe, 2005) e do romantismo (tradução da Doutrina da arte de August Schlegel, 2014). Atualmente encontro-me ocupado com o pré-romantismo, em particular com o pensamento estético do jovem Herder. Minha abordagem de Herder é uma decorrência direta do ?retorno? que venho fazendo de Hegel (Cursos de estética) a August Schlegel (Doutrina da arte) e agora chegando a Herder. O fio condutor desse retorno aos fundamentos do surgimento da estética moderna, da qual Hegel é tributário, passa pela articulação entre as categorias da teoria da arte, da crítica de arte e da história da arte. Quem colocou explicitamente o problema foi August Schlegel, mas quem pela primeira vez mobilizou essas noções foi Herder, no debate com Baumgarten (teoria), Lessing (crítica) e Winckelmann (história da arte). Esse é precisamente o assunto das chamadas Florestas críticas. Nos Cursos de estética de Hegel, apenas a título de informação, a teoria da arte, a história da arte e a crítica de arte encontram-se na base da tríade concernente ao belo ou ao ideal (teoria); às formas de arte simbólica, clássica e romântica (história da arte) e ao sistema das artes particulares: arquitetura, escultura, pintura, música e poesia (assunto da crítica de arte).. 
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. 
Alunos envolvidos: Graduação: (3) / Mestrado acadêmico: (9) / Doutorado: (3) . 
Integrantes: Marco Aurélio Werle - Coordenador.
Financiador(es): Universidade de São Paulo - Outra.

Marco Antonio de A. Zingano

Afiliação acadêmica
Professor Titular
Especialização
História da Filosofia Antiga
E-mail
mzingano@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2018 Professor Titular pela Universidade de São Paulo 
  • 2005 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título: Estudos de Ética Antiga
  • 2003 Pós-doutorado pela University of Oxford
  • 1999 Pós-doutorado pela Ecole Normale Supérieure Rue D'ulm Paris
  • 1993 Doutorado em Filosofia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales 
    Orientação: Prof. Dr. Cornelius Castoriadis
    Título do trabalho: Vertu et Délibération. Une étude de la notion de prohairesis chez Aristotle
  • 1987 Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
    Orientação: Prof. Dr. Denis Lerrer Rosenfield 
    Título do trabalho: Razão e História em Kant
  • 1983 Graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pesquisa em desenvolvimento

A Filosofia de Aristóteles
Resumo: O presente projeto de pesquisa visa ao estudo sistemático da filosofia de Aristóteles, buscando pôr em evidência as relações conceituais vigentes entre suas diferentes disciplinas. Tal tarefa requer ir ao núcleo das decisões metafísicas de Aristóteles, em particular sobre a posição da razão em seu sistema e sobre os seus diferentes usos (prático, teórico e produtivo). Neste sentido, destacam-se, no domínio teórico, as doutrinas aristotélicas do ser, da predicação, da verdade e da alma; no domínio prático (moral e política), destacam-se a sua teoria da ação, da deliberação e da escolha. Igualmente, a influência e a apropriação da filosofia aristotélica será estudada com vistas a uma melhor compreensão dela própria e de sua história intelectual. O projeto conta com sete professores, todos diretamente envolvidos com temas da filosofia aristotélica em meio universitário. É comum a todos os pesquisadores a atitude de buscar a clareza conceitual e de privilegiar o fundamento metafísico da filosofia aristotélica e, por conseguinte, de nele embasar suas abordagens dos textos de Aristóteles.

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
ANDRESSA NOGUEIRA DA SILVA AMARAL A CONCEPÇÃO DE PRUDÊNCIA SEGUNDO ARISTÓTELES Mestrado
ANA GABRIELA VILHENA DE MELLO SANTOS A noção aristotélica de ousia Mestrado
DANIEL RUA LAMARCA A Teoria das Ideias nos diálogos tardios de Platão Mestrado
JOÃO GABRIEL BORGES RIBEIRO Πάθος e ὄρεξις: a arquitetura conceitual das motivações não-racionais na filosofia de Aristóteles Doutorado

Leon Kossovitch

Afiliação acadêmica
Professor Emérito

Histórico Acadêmico

  • 1982 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título: Condilac Lúcido e Translúcido
    Orientador: Marilena de Souza Chaui
  • 1970 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
    Título: Força e Retorno em Nietzsche
    Orientador: Marilena de Souza Chauí
  • 1969 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo
  • 1965 Graduação em Engenharia pela Escola de Engenharia do Triângulo Mineiro

Pesquisa em desenvolvimento:

Os discursos e as doutrinas no campo historiográfico das artes
Resumo: 1) Os limites cronológicos dos discursos de doutrina: entre Górgias e o século XIX, quando o idealismo e o romantismo enterram o campo preceptivo em benefício da subjetividade autônoma; 2) Não há intervalo, dito 'medieval', em que as doutrinas desfaleçam: Monge Teófilo no século XII ocidental e Monge Dionísio de Furno no campo tratadístico grego, como atualizadores exemplares dos discursos greco-romanos, dos enciclopédicos, como de Plínio o Velho, aos hagiográficos, que, tendo por referência a obra de São Jerônimo, inclui-se em âmbito discursivo da história, como se lê em Suetônio, Plutarco, etc; 3) A exterioridade oriental: a ausência de discursos no Oriente Médio, seja antes da conquista de Alexandre, seja depois, principalmente nos tempos do poder dos Partas e dos Sassânidas, cuja arte informa, enquanto designação, a arte cristã uterior, ainda presente na área oriental, da Rússia à Síria, e dominante até 1200 na Europa Ocidental; 4) Leituras de escritos que tratam das artes é exigência que reformula a ignorância da historiografia moderna dos gêneros, o que arruína a compreensão das artes. Tal ruína se atribui à subjetivação discursiva saída do idealismo alemão e dos romantismos diversos, com confirmação ulterior pelo positivismo. O que se joga nos discursos antigos nos gêneros: do humilde, que ensina artes ao epidítico com suas ecfrases do panegírico; a gama dos discursos de artes e sua diversidade interpretativa.

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
PEDRO MOREIRA GRAÇA Aldemir Martins: Artista Plástico Doutorado
NINA CLARICE MONTOTO O pássaro χαραδριός Mestrado

Luiz Henrique Lopes dos Santos

Afiliação acadêmica
Professor Senior
E-mail
lhsantos@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2005 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A Harmonia Essencial (Escritos sobre lógica e metafísica)
  • 1981 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Oswaldo Porchat de Assis Pereira da Silva
    Título do trabalho: Verdade e Método, um ensaio sobre a lógica segundo Frege
  • 1971 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Destino e Liberdade: Leibniz, Aristóteles e Os Estoicos
Resumo: O projeto de pesquisa a ser desenvolvido no período 2009/2012 tem como objeto as dificuldades que encontram os filósofos comprometidos com a validade universal do princípio de razão suficiente em encontrar, no mundo, um lugar para ações livres, pelas quais os agentes poderiam ser moralmente responsabilizados. A raiz dessa dificuldade pode exposta na forma do seguinte argumento, simples e formalmente inatacável, cujas premissas parecem também inatacáveis.

Luiz Fernando Batista Franklin de Matos 

Afiliação acadêmica
Professor Senior
E-mail
socrates@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2002 Professor Titular na disciplina de Estética pela Universidade de São Paulo
  • 1998 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: O filósofo e o comediante (ensaios sobre filosofia e literatura no séculoXVIII)
  • 1979 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: O leitor quixotesco - o leitor de D. Quixote 
    Orientação: Profª. Dra Otília Beatriz Fiori Arantes
  • 1972 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Teoria do Riso e Filosofia das Luzes
Resumo: É um lugar-comum entre os historiadores afirmar que a ruptura de Jean-Jacques Rousseau com os Filósofos constitui o maior acontecimento da filosofia francesa do século XVIII. Tal acontecimento tem sido examinado exaustivamente: da perspectiva da “ciência política” do tempo, da filosofia da história, da antropologia, da teoria da linguagem, etc., mas não foi em nenhum desses domínios gerais que ela se consumou, e sim na Carta a d’Alembert sobre os Espetáculos (1758), no plano específico da teoria do teatro. Embora esta questão tenha merecido igualmente vários estudos, que elucidam o procedimento geral de Rousseau, não creio que seja demais voltar à Carta a d’Alembert a fim de apurar a sintonia fina. A finalidade de meu plano de pesquisa, assim, é analisar o conflito entre Rousseau e a Filosofia de um ponto de vista mais específico ainda: o da teoria do riso e do cômico exposta na Carta.

Orientações em andamento

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Lorenzo Mammì

Afiliação acadêmica
Professor Titular
Especialização
História da Filosofia Patrística e Medieval
E-mail
mammi@uol.com.br

Histórico Acadêmico

  • 2009 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Santo Agostinho e as Artes Liberais
  • 1998 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva
    Título do trabalho: Santo Agostinho, O Tempo e a Música
  • 1990 Graduação em Música pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Som e Imagem: Formas simbólicas e limites da linguagem na Literatura Patrística ocidental
Resumo: A cristianização do Ocidente levou a uma rejeição das práticas musicais e representativas tradicionais, comprometidas com o paganismo. A condenação dos espetáculos teatrais, por um lado, e o receio da idolatria, por outro, foram obstáculos importantes à transmissão das práticas artísticas antigas. No entanto, justamente nessa época (entre os séculos IV e VIII da era cristã) foram criadas as bases de um novo tipo de arte e de música, cujas características são fundamentais para entender o desenvolvimento ulterior da cultura européia. As pesquisas conduzidas até o presente momento sobre as teorias musicais e o pensamento estético na literatura patrística me parecem mostrar alguns limites, que têm dificultado a compreensão de aspectos essenciais dessa transição. Por um lado, especialmente nos estudos musicais, prestou-se uma atenção quase exclusiva aos tratados técnicos, que em geral se preocupam em transmitir a tradição científica grega de maneira o mais possível fiel (com equívocos, é verdade, que não são de todo casuais e irrelevantes), enquanto os textos que tratam do uso pastoral e do significado místico dos cantos não são estudados sistematicamente, comparecendo apenas por algumas citações de praxe. Na minha tese de doutorado, tentei mostrar, em primeiro lugar, a relação entre novo valor dado à música e surgimento de uma idéia de consciência na obra de Agostinho de Hipona; em segundo lugar, como essa relação sustenta não apenas muitos aspectos do pensamento agostiniano (a relação entre música e linguagem, música e consciência e, por essa via, a relação entre música e tempo), mas também a estrutura profunda do canto cristão posterior, tão distante da tradição grego-romana. A uma idéia de música como forma proporcional objetiva, presente nas relações entre medidas sonoras, típica da cultura antiga, corresponde, em época cristã, um modelo de canto como expressão de um movimento interior, que se expressa não nos, mas mediante os sons.

José Raymundo Novaes Chiappin

Afiliação acadêmica
Professor Colaborador da Pós-graduação
Especialização
Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência
E-mail
chiappin@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2016 - Doutorado em andamento em Direito Comercial. 
    Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, FD, Brasil. 
    Título: Regulação e Desenvolvimento, 
  • 2006 - Livre-docência. 
    Faculdade de Economia e Administração - Universidade de São Paulo, FEA - USP, Brasil. 
    Título: Programa de Pesquisa sobre a relação entre Economia e Política: contratualismo versus utilitarismo
  • 2005 - Doutorado em Física. 
    Instituto de Física - USP, IF - USP, Brasil. 
    Título: Modelos estocásticos aplicados à transição de fase
  • 1997 - Doutorado em Economia. 
    Faculdade de Economia e Administração - Universidade de São Paulo, FEA - USP, Brasil. 
    Título: Racionalidade, Jogos Dinâmicos, Métodos Estocásticos Markovianos e Comportamento Coletivo, Ano de
  • 1989 - Doutorado em Filosofia. 
    University of Pitsburgh, U.S.A., Estados Unidos. 
    Título: Duhem's Theory of Science: An Interplay Between History and Philosophy of Science,
  • 1985 - Mestrado em Filosofia. 
    University of Pittsburgh, PITT, Estados Unidos. 
    Título: sem dissertação,Ano de Obtenção: 1989.
  • 1979 - Mestrado em Física. 
    Instituto de Física - USP, IF - USP, Brasil. 
    Título: Transições de fase no modelo de Ising com campo transverso -
  • 2011 - Graduação em Direito. 
    Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, Brasil. 
    Título: Os Fundamentos Econômicos e a Engenharia Jurídica do Regime de Meta de Inflação. 
    Orientador: Carlos Ari Sundfeld.
  • 1979 - Graduação em Filosofia. 
    Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas-Universidade de São Paulo, FFLCH - USP, Brasil.
  • 1976 - Graduação em Física. 
    Instituto de Física - Universidade de São Paulo, IF - USP, Brasil.

Pesquisas em desenvolvimento

Teorias econômicas e jurídicas do desenvolvimento econômico e social

Descrição: O objetivo inicial é a reconstrução racional do programa de pesquisa sobre as teorias do desenvolvimento econômico: Schumpeter, Rosenstein-Rodan, Nurkse, Rostow, Kuznets, Lewis, Gunnar Myrdal, Hirschman, Harrod Domar, Solow, Ramsey, Furtado, Modelos de Cass-Ramsey e Modelos endógenos. Além disso, o objetivo é o de estudar a relação entre o direito e o desenvolvimento econômico. Como elaborar e construir mecanismos institucionais capazes de proporcionar os estímulos e incentivos ao desenvolvimento econômico.. 

Integrantes: José Raymundo Novaes Chiappin - Coordenador / Ana Carolina Corrêa da Costa Leister - Integrante.

Número de produções C, T & A: 5

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
DANILO MIRANDA RODRIGUES AS ORIGENS DA COSMOLOGIA CIENTÍFICA: UMA ABORDAGEM HEURÍSTICA Doutorado