LUANA ALVES DOS SANTOS

Curso
Doutorado
Título da pesquisa
Diadorim: uma leitura sobre gênero, alteridade e performance no Grande sertão: veredas
Resumo da pesquisa

Num primeiro plano, partindo do fato de que Diadorim é uma subjetividade atravessada pelo olhar do outro – ou seja, não se trata de uma subjetividade que narra a si mesma, mas de uma subjetividade cujo “ser” se põe, face a um narrador em primeira pessoa, como “ser-para-outro” – é preciso indagar em que medida a revelação de seu corpo como sendo corpo-de-mulher contribui, na maneira pela qual Riobaldo-narrador tece os fios do passado, para o acorde entre feminino e alteridade. Trata-se, portanto, de investigar o ajuste firmado, no romance de Rosa, entre o feminino e a condição de “outro absoluto” que lhe é atribuída e sobre a qual discorre Simone de Beauvoir. Num segundo plano, para além do exame sobre o que o romance fala (seus ajustes e pactos), é preciso deslindar o que o romance dissimula. Em outras palavras, mais do que capturar Diadorim em uma identidade de gênero, ainda que provisória – visto que Diadorim parece não performar os padrões de masculinidade impostos por seus pares e daí receber o epíteto de “o delicado”; tampouco Diadorim “torna-se mulher”, mas é, discursivamente, “tornada” mulher, no advento de sua morte – pretendemos demonstrar que o que o romance dissimula é o

Orientador
Silvana de Souza Ramos