VICTOR GONÇALVES DE SOUSA

Curso
Doutorado
Título da pesquisa
Razão prática e a determinação dos fins da ação em Aristóteles
Resumo da pesquisa

Este trabalho visa oferecer uma reconstrução da posição de Aristóteles a respeito do papel da razão na determinação dos fins da ação que concilie a tese segundo a qual agentes que não são nem virtuosos nem viciosos podem visar fins moralmente bons e a tese segundo a qual a virtude torna o fim correto, explicando, assim, de que maneira seria possível ter em vista um fim moralmente bom sem que esse fim seja correto. Em geral, as reconstruções da posição de Aristóteles quanto a essa questão ou bem reformam uma dessas duas teses ou bem comprometem-se com uma leitura da filosofia prática de Aristóteles que ou não se pronuncia sobre a exata natureza da relação entre razão e desejo ou, ao se pronunciar sobre essa relação, assume uma posição controversa a respeito do hilemorfismo. A fim de evitar essas dificuldades, aventaremos uma outra alternativa, a qual parece não apenas preservar as duas teses mencionadas, mas também explicar de modo claro e sem depender da subscrição a uma versão forte do hilemorfismo de que maneira o fim moralmente bom que agentes não-virtuosos eventualmente podem visar não consiste no fim correto, isto é, não é o mesmo fim visado por um phronimos.

Orientador
Evan Robert Keeling
Fomento
Fapesp