Sigério de Brabant tenta compatibilizar duas teses, aparentemente contraditórias, com relação ao estatuto ontológico do universal: 1) o universal é criado pelo intelecto; 2) o universal está instanciado nos indivíduos dados no mundo. Nossa tese visa explicitar as condições de possibilidade da posição de Sigério, comentando textos centrais em que Sigério discute esse problema. No primeiro capítulo, analisaremos a posição contemporânea sobre o assunto. Nela, há um consenso em defender Sigério como um realista moderado. No segundo, comentaremos a questão 3 de Questiones Metaphysice tres (ed. Vennebusch, 1966). Aqui, Sigério tem sua questão mais compacta e imediata sobre o estatuto do universal. No terceiro capítulo, nós apresentaremos a posição de Sigério de Brabant sobre a significação do nome “homem” no livro IV, q. 20-21, de Quaestiones in Metaphysicam (ms. Munique, ed. Dunphy, 1981). No quarto capítulo, nós mostraremos como Sigério constrói a individuação tendo em vista a posição realista moderada; para isso mobilizaremos a questão 20, livro V. Esse percurso visa explicitar a posição de Sigério quanto ao tema e evidenciar sua singularidade.
LUIZ FERNANDO PEREIRA DE AGUIAR
Curso
Doutorado
Título da pesquisa
O estatuto do universal em Sigério de Brabant
Resumo da pesquisa
Orientador
Carlos Eduardo de Oliveira
Fomento
CAPES