Em sua experiência política no grupo Socialisme ou Barbarie, Cornelius Castoriadis viveu e teorizou sobre as antinomias da atitude revolucionária. Tentando escapar dessas antinomias, ele tece uma concepção que se equilibra entre o papel da vanguarda e aquele da base, em diálogo com Lênin e Rosa Luxemburgo. Entretanto, na década de 1950, o autor começa uma inflexão em que critica os resquícios de bolchevismo em seu pensamento, mas insiste em tentar resolver dentro do quadro teórico marxista as antinomias diagnosticadas na atitude revolucionária. Na virada da década de 1950 para 1960, ele desenvolve uma argumentação que mostra como o próprio marxismo torna essas antinomias ainda maiores, mostrando-se incapaz de resolvê-las. Esse caminho leva Castoriadis a rever a relação entre teoria e prática, elaborando uma crítica à filosofia como theoría e à filosofia política como tentativa de domar a praxis. Nosso objetivo é investigar essa nova interação entre teoria e prática e a maneira pela qual que esse entendimento opera para reorganizar a relação entre essas matrizes centrais de seu pensamento que são a filosofia e a política.
ARTHUR HUSSNE BERNARDO
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
DAS ANTINOMIAS DA ATIVIDADE REVOLUCIONÁRIA AO IMPASSE DA FILOSOFIA POLÍTICA:CRÍTICA DA THEORÍA EM CASTORIADIS
Resumo da pesquisa
Orientador
Cicero Romão Resende de Araujo