VICTOR TAVARES BERTUCCI

A partir da autoinserção de Hegel em um debate teórico de seus dois ex-colegas Schelling e Hölderlin no âmbito mais amplo do Idealismo Alemão do final do século XVIII, busca-se mostrar como os três fragmentos que abrem a obra frankfurtiana do filósofo constituem uma base lógica para a construção de uma metafísica própria enquanto uma crítica do pensamento representacional e do entendimento reflexionante. A exposição desta crítica, aliada ao resgate do contexto intelectual do jovem Hegel e de seus colegas, permite o estabelecimento de uma interpretação dos textos de Frankfurt como uma elaboração de uma noção de Religião como uma ascensão acima da reflexão, apenas para mostrar-se inteiramente delimitada pelo âmbito do pensamento representacional à época da mudança para Jena (1800).