O Timeu é considerado tradicionalmente um dos últimos diálogos de Platão, e, portanto, cronologicamente posterior ao Parmênides. Contra a datação tradicional, Owen, propõe que o Timeu seja datado como anterior àquele diálogo por considerar que a datação tradicional das duas obras expõe um paradoxo: se as críticas do Parmênides são sérias, por que o Timeu apresenta doutrinas semelhantes àquelas criticadas? A datação proposta por Owen, como mostra Cherniss, não é suficiente para eliminar os paradoxos apontados. A solução para o ‘paradoxo interpretativo’ apontado seria, então, reconhecer a relevância metafísica dos elementos presentes no Timeu que o diferenciam dos diálogos anteriores, e tentar chegar a uma interpretação que reabilite a doutrina das Formas frente às críticas do Parmênides.
JOÃO VITOR RESINA NUNES DE MELO
Curso
Doutorado
Título da pesquisa
Um Novo Olhar Sobre as Formas: O Receptáculo do Vir a Ser e a Nova Metafísica do Timeu
Resumo da pesquisa
Orientador
Evan Robert Keeling