Em tempos de urgência climática, Donna J. Haraway publica sua obra Ficar com o problema: fazer parentes no Chthuluceno (2016) a fim de refletir sobre a maneira como lidamos com o conhecimento em um planeta cada vez mais degradado, em que se faz urgente repensarmos os modos que vivemos e morremos. Diante desse panorama, a presente pesquisa visa refletir sobre a relação entre arte e ciência proposta por Haraway como uma alternativa para compreender e estar no mundo. Para tanto, se faz necessário uma análise do léxico harawayano construído ao longo de suas obras anteriores, no caso, partiremos dos ensaios que marcaram sua juventude, “Manifesto Ciborgue” e “Saberes localizados”, a fim de compreender os ecos dos escritos de juventude da autora na elaboração de suas figuras e metáforas. Analisaremos, então, como a autora maneja o acrônimo SF, em especial, a figura de barbante e o modo como o conhecimento científico é articulado, visando compreender sua importância na sua proposta narrativa do Chthuluceno. Por fim, analisaremos os impactos que o projeto político-epistemológico harawayano teve ao longo dos últimos 8 anos na produção de conhecimento no contexto brasileiro.
POL DEBB MIKI IRYO SILVA
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
O PAPEL DAS FIGURAS E METÁFORAS NA DEFINIÇÃO DO CHTHULUCENO PROPOSTO POR DONNA HARAWAY
Resumo da pesquisa
Orientador
Virginia Helena Ferreira da Costa