Este trabalho tem como objetivo propor uma reflexão estética e filosófica acerca do debate em torno do “problema” da neovanguarda artística. Tendo como base a discussão iniciada pela publicação da obra Teoria da vanguarda (1974), de Peter Bürger, e levada adiante por autores como Benjamin Buchloh, Hal Foster, Dietrich Scheunemann e outros, partiremos do pressuposto de que tal discussão oferece modalidades de compreensão da tênue passagem da modernidade artística à contemporaneidade, onde o enfoque dado à dimensão de repetição dos procedimentos artísticos vanguardistas por parte das neovanguardas dos anos 1950 e 1960 possuiria um estatuto problemático, apresentandose assim como uma referência fundamental para a consideração intelectual das linhas de força que estruturam o próprio cenário artístico contemporâneo. Como condição, daremos centralidade à produção artística de Robert Rauschenberg (1925 – 2008), assumindo com isso que tal artista é o que melhor sintetiza as hipóteses do argumento aqui apresentado. Ou seja, por meio de uma primazia às obras de Rauschenberg, buscaremos questionar e, no limite, deslocar os pontos de vista mais contundentes acerca da neovanguarda, com o intuito de introduzir o conceito de “indecidibilidade”, a partir da filosofia de Jacques Derrida, como o operador teórico que melhor abarca a trama de problemas suscitada pela neovanguarda artística, situando-a em sua posição paradoxal de intermediária histórica na lacuna entre o moderno e o contemporâneo.
LEONARDO DA SILVA RODRIGUES
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A vanguarda indecidível: o problema da neovanguarda artística entre o moderno e o contemporâneo
Resumo da pesquisa
Orientador
Celso Fernando Favaretto
Fomento
CAPES
Data da defesa
13/12/2024