Nesta pesquisa, pretendemos investigar se os argumentos do apêndice da Parte I da Ética possuem poder suficiente para enfraquecer a superstição que reside na mente do leitor. Dada a necessidade dos preconceitos que levam à consolidação da superstição finalista, é esperado que o leitor, ao se deparar com a Ética pela primeira vez, esteja completamente tomado pelas crenças finalistas. Tendo isso em vista, como poderia a compreensão desses argumentos ser capaz de eliminar a superstição? Como intentamos demonstrar, o conhecimento adquirido por essa leitura é incapaz, ao menos num primeiro momento, de levar a cabo a tarefa: é necessária uma meditação amiúde reiterada. Isso é possível porque a meditação, ao utilizar o conhecimento sobre a necessidade da superstição como ponto de partida, é capaz de reorganizar os afetos do leitor, de modo a tornar os afetos racionais gradativamente mais fortes que os afetos ligados à superstição.
LUCAS ANDRÉ MARQUES PEREIRA
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A via para a liberdade: pode a Ética vencer a superstição?
Resumo da pesquisa
Orientador
Luís César Guimarães Oliva
Fomento
CNPq