MARIANA MARCELINO SILVA ALVARES

Curso
Mestrado
Título da pesquisa
O conceito de angústia em Heidegger: da analítica existencial à história do ser
Resumo da pesquisa

O presente trabalho tem o objetivo de examinar o tratamento do conceito de angústia em Ser e Tempo (1927) e na preleção Que é Metafísica? (1929). Em Ser e Tempo, Heidegger trata o encontrar-se de angústia enfatizando a relação desse conceito com as possibilidades de impropriedade e propriedade. Com efeito, no §40 do tratado maior, o filósofo apresenta a angústia como o encontrar-se que singulariza o ser-aí. Por sua vez, na preleção de 1929, o filósofo apresenta o conceito de angústia enfatizando o papel desse conceito com o descobrimento do ser. Na pergunta metafísica pelo nada, o filósofo lança mão do encontrar-se da angústia para descobrir a transcendência do ser-aí. Em jogo está a relação entre o ser e nada desvelado pelo encontrar-se da angústia, na preleção Que é Metafísica? Para Richardson, essa diferença prenuncia a chamada virada do pensamento de Heidegger. Segundo Sheehan, porém, é possível pensar em, ao menos, três sentidos de Kehre no pensamento de Heidegger. Cabe-nos delimitar qual o sentido de virada nos referimos quando tratamos da diferença do conceito de angústia nas duas obras citadas. Nosso objetivo, portanto, é o de investigar se a preleção de 1929 pode ser lida como um prenúncio da mudança de orientação do pensamento de Heidegger, nos anos 30. Trata-se de uma reorientação do projeto filosófico de Heidegger, que passa de uma perspectiva transcendental para outra, focada dessa vez na história do ser.

Orientador
Eduardo Brandão
Fomento
CAPES
Data da defesa
07/12/2023