MIZAEL PINTO DE SOUZA

Curso
Doutorado
Título da pesquisa
UTRUM MUNDUS POTUERIT SEMPER FUISSE. TOMÁS DE AQUINO E A CONTROVÉRSIA MEDIEVAL SOBRE A ETERNIDADE DO MUNDO
Resumo da pesquisa

Era consenso entre os teóricos medievais do ocidente latino que, propriamente, o termo eternidade só pode ser aplicado a Deus. Neste caso, quando inserido na locução “‘eternidade’ do mundo”, estamos utilizando de forma equívoca para pensar em um mundo que nunca teve começo. Por essas razões, os teólogos e filósofos da época preferirem falar em um mundo sem princípio de duração para se referirem à tese de um mundo “eterno”. Um dos autores a tratar especificamente da temática foi Tomás de Aquino dedicando a ela, inclusive, um opúsculo: o “De aeternitate mundi”. Em relação a esta obra existe um debate entre os intérpretes sobre qual seria a tese ou teses do autor. Basicamente se destacam duas posições sobre este ponto: (i) Tomás estaria defendendo a possibilidade de que o mundo seja eterno, ou (ii) Tomás estaria defendendo que o mundo poderia ter sido eterno. A pesquisa visa: (a) introduzir o problema posto, (b) esclarecer o seu desenvolvimento e o estado atual do debate, (c) mostrar o porquê de considerarmos a questão em aberto e, em razão disto, (d) justificar a presente pesquisa.

Orientador
Moacyr Ayres Novaes Filho
Fomento
CNPq