NATÁLIA LEON NUNES

Este trabalho tem como objetivo entender a escrita de si em Maurice Blanchot. Partindo do livro “O Instante de Minha morte”, publicado no fim da trajetória de Blanchot, buscamos saber como o autor pensa a questão da escrita de si, questionando vários pressupostos do conceito de autobiografia. O romance autobiográfico de Blanchot foi chamado de autotanatografia por comentadores como Roger Laporte. O que é, afinal, a escrita de si que ele produz? Autobiografia ou autotanatografia? O que buscamos desenvolver, sobretudo a partir da leitura de “A escrita do desastre”, livro anterior a “O Instante de minha morte” que já contém fragmento autobiográfico, é que Blanchot realiza uma fantasmografia, termo que nos permite sair do dualismo estabelecido no debate acerca de “Instante de minha morte”.