PEDRO SOL MENDES MEIRA SANTOS

O problema da completude da tábua dos juízos kantiana aparece pela primeira vez na literatura em uma carta nunca respondida de Georg Mellin, aluno de Kant, que pergunta a este como seria possível deduzir a completude desta tábua. A exposição lacônica de Kant da tábua dos juízos, simultânea à sua importância em relação à constituição da tábua das categorias, levou este tema a ser muito explorado, tanto por críticos quanto por comentadores. A questão volta a ser explorada na segunda metade do século XX por nomes como Klaus Reich, o no século XXI por nomes como Michael Wolff - ambos com um trabalho intitulado A Completude da Tábua Kantiana dos Juízos. Completude, para Kant, é um critério de sistematicidade que percorre sua filosofia. Dentro dele, ao menos dois elementos se destacam: todos seus elementos devem surgir de um princípio comum, e não podem ter nem mais, nem menos que o número apresentado. O trabalho em questão busca entender de que modo é possível entender o que Kant compreendia sua reivindicação de completude no contexto da tábua dos juízos; em suma: porque não podem haver nem mais, nem menos formas possíveis dos juízos possíveis..