Trata-se de uma reflexão sobre o “ser genérico” em Marx pela via da confrontação de Althusser e de Lukács no contexto da década de 60, orientada pela questão de Fausto sobre o “destino da antropologia de juventude de Marx”. Na medida em que tal contexto é exemplarmente apresentado por Althusser, partiremos de algumas críticas ao autor (Fausto, Giannotti, Cardoso) e rumaremos para a sua análise do contexto, o que nos permitirá lê-lo simultaneamente pela via de certas questões brasileiras e, principalmente, a partir de suas próprias referências (além de Marx, da epistemologia francesa e da psicanálise lacaniana) – ao que raramente seus críticos dialéticos se propõem. Se, por um lado, esta confrontação revela o “homem humanizado” de Fausto como um tipo de dever-ser altamente problemático – dever-ser correlato àquele que assombra Lukács desde sua juventude –tal caráter problemático, por outro lado, indica a dificuldade de se conceber o “homem” a partir da perfeita congruência entre vontade, desejo e saber. O objetivo desta pesquisa, por esta via, é o de estabelecer condições para a reflexão sobre este problema no entrecruzamento entre filosofia francesa e dialética.
SAULO LANCE REIS
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
Lukács e Althusser frente ao legado teórico do stalinismo.
Resumo da pesquisa
Orientador
Vladimir Pinheiro Safatle
Fomento
CAPES