ANDRESSA NOGUEIRA DA SILVA AMARAL

Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A CONCEPÇÃO DE PRUDÊNCIA SEGUNDO ARISTÓTELES
Resumo da pesquisa

A presente pesquisa visa promover um estudo da concepção de prudência segundo Aristóteles no livro VI da Ethica Nicomachea, e sobressaltar sua relevância para a doutrina moral de Aristóteles. Assim, serão estudadas as teses de Aristóteles e fortuna crítica sobre a questão. Aristóteles define a felicidade (εὐδαιμονία), finalidade da vida humana, como a atividade da alma fundada na virtude; assim, ele estuda a virtude moral, disposição que leva às escolhas deliberadas. Todavia, escolher por deliberação consiste em determinar o termo médio em uma dada situação, tarefa do prudente. Por essa razão, ele analisa, no livro VI, a prudência (φρόνησις), virtude intelectual que opera no interior das virtudes morais. Ao estudarmos a natureza da prudência, encontramos idiossincrasias relevantes, como a sua relação com: i) a boa deliberação (εὐβουλία) e a escolha deliberada (προαίρεσις); ii) a virtude da temperança (σωφροσύνη); iii) o juízo (γνώμη); e iv) o tempo oportuno (καιρός). Também é relevante a disparidade entre a prudência (φρόνησις) e a sabedoria (σοφία). À luz disso, o estudo da prudência mostra-se crucial a um estudo coerente da ética de Aristóteles.

Orientador
Marco Antonio de Ávila Zingano