Kurt Gödel, em sua célebre Gibbs Lecture, ministrará uma de suas aulas mais filosófica, na qual apresentará pela primeira vez o argumento que ficou conhecido como “disjunção de Gödel”. Essa disjunção que afirma que “ou a mente humana supera infinitamente o poder de uma máquina, ou há proposições matemáticas absolutamente indecidíveis”, é o resultado líquido da análise que Gödel faz de seus teoremas de incompletude, a partir do surgimento do conceito de máquina de Turing e a tese de Church-Turing. O que essa disjunção tem de especial é seu caráter inevitavelmente plantonista e/ou anti-materialista. Isso se deve à presença de um elemento puramente ideal em ambos os membros da disjunção, o que faz com que sequer precisemos saber qual dos membros é de fato o caso para que dela possamos concluir o anti-materialismo. Nosso objetivo é, portanto, investigar as bases e pressupostos que sustentam a disjunção de Gödel, para que possamos descobrir o grau de legitimidade da tese anti-materialista a partir da disjunção.
PEDRO NAVARRO ARTONI
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A DISJUNÇÃO DE GÖDEL E A INEVITABILIDADE DA TESE ANTI-MATERIALISTA
Resumo da pesquisa
Orientador
Edelcio Gonçalves de Souza