A pesquisa pretende lançar luz sobre um confronto filosófico: a crítica de José A. Giannotti à Teoria da Ação Comunicativa, de J. Habermas. A crítica incide especificamente sobre aquilo que parece constituir os fundamentos de uma pragmática formal tal como desenvolvida por Habermas nessa obra. Ao expor os principais pontos da teoria habermasiana e as objeções giannottianas, busca-se elucidar diferenças de fundo entre os autores – que dizem respeito a distintas concepções filosóficas e a desavenças lógicas de longo alcance. Para poder reconstruir racionalmente certas condições universais das ações comunicativas, Habermas lança mão de uma análise da linguagem que divide cada ato de fala entre conteúdo proposicional e proferimento, daí a projeção de um acordo, de um ideal de entendimento, que dá a ocasião para se recuperar um fulcro racional sempre no horizonte das interações comunicativas. Tanto a antecipação de condições discursivas "universais" como a bipartição da proposição são postas em xeque por Giannotti, o qual vê aí uma antecipação indevida da prática discursiva efetiva que não leva em conta a impossibilidade de traçar um horizonte transparente de entendimento na linguagem.
ISMAEL DE OLIVEIRA GEROLAMO
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
Giannotti contra Habermas: objeções da filosofia municipal à Teoria da Ação Comunicativa
Resumo da pesquisa
Orientador
Luiz Sérgio Repa