A revisão por pares e a replicação são duas das pedras angulares do método científico. Entretanto, na prática cotidiana da comunidade científica, a replicação é vista como trabalho secundário, menos importante que as contribuições originais. Grande parte das pesquisas publicadas nunca passou por tentativas de replicação e, quando há tentativas de replicação, elas frequentemente falham. Esta situação levou à chamada Crise de Reprodutibilidade ou Replication Crisis, i.e., não tentamos ou não conseguimos replicar a maioria dos resultados científicos publicados. A crise é antiga, mas somente na última década ela foi reconhecida e discutida. Em uma pesquisa publicada em 2016 pela Nature (BAKER, 2016), 90% dos cientistas entrevistados concordaram que existe uma crise de replicação. Seus efeitos foram mais proeminentemente em psicologia e medicina, onde estudos famosos e de alto impacto falharam no teste de replicação. Isso levantou muitas questões: a ciência está comprometida? A maior parte da ciência publicada está errada? Como a comunidade científica está percebendo e reagindo a essa crise? Além disso, existe uma solução?
LUCAS RAFAEL GONÇALVES FERREIRA
Curso
Doutorado
Título da pesquisa
A Crise de reprodutibilidade nas ciências biomédicas: Uma análise epistemológica
Resumo da pesquisa
Orientador
Osvaldo Frota Pessoa Junior