CARLA DOS SANTOS CUSTÓDIO

O conceito de transcendental, na "Crítica da Razão Pura", de Immanuel Kant, é a maneira de conhecer objetos que precisam ser possíveis a priori. Contudo, como o conceito de transcendental em Kant, é ubíquo, é de se perceber que ao longo do livro, o termo transcendental adquire contornos diferentes dependendo da faculdade da mente que o utiliza. Como este trabalho tem uma ambição específica iremos investigar o conceito de transcendental contrastando-o com o empírico. Para tanto, analisaremos os parágrafos 13 ao 27, da "Crítica da Razão Pura" (segunda edição) para examinar a dedução dos conceitos puros do entendimento e estabelecer o fundamento do conhecimento a priori. Destacaremos as diferenças entre as deduções transcendentais e empíricas, a distinção entre os conceitos puros dos empíricos, e a diferença entre a apercepção transcendental da apercepção empírica. Além disso, exploraremos a síntese realizada pelo entendimento como base para sínteses sensíveis. Acreditamos que esta pesquisa possa auxiliar aqueles interessados em compreender o pensamento kantiano por meio de seus conceitos.