Na filosofia espinosana, a participação divina na realidade é construída sob a chave interpretativa da causalidade eficiente imanente. A relação entre Deus e as coisas singulares para Espinosa, portanto, se dá por via da imanência, desvinculando-se de concepções teológicas de transcendência divina. Com efeito, Espinosa prova a unicidade e a unidade substancial, algo que permite pensar a essência modal do ser humano como pars Dei. Todavia, é preciso perguntar: como Espinosa foi capaz de recusar qualquer traço de transcendência em Deus e afirmar uma pura imanência? A fim de responder a essa questão, a presente pesquisa pretende analisar os elementos que são mobilizados sinteticamente dentro do percurso geométrico da imanência (principalmente, a definição 6, e as proposições 11, 14, 15 e 16 da Ética I), para investigar a atividade absolutamente afirmativa de Deus sob as hipóteses de uma operação radical ou branda de imanência.
YONAH AKERMAN ZIMERMAN
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A IMANÊNCIA DIVINA NA ÉTICA DE ESPINOSA
Resumo da pesquisa
Orientador
Luís César Guimarães Oliva