É muito comum associar a teoria da relatividade a uma profunda revolução científica. Por outro lado, a teoria da relatividade especial é tida como o nêmesis das famigeradas teorias do éter – o principal objeto de estudo do presente projeto. Tal substância era atribuída com valor fundamental para determinados fenômenos natureza. Muitos cientistas até o inicio do século XX desenvolveram e construíram concepções com o objetivo de “capturar” em termos de leis a substância imponderável. Ao que sabemos, esse programa de pesquisa perdeu completamente seu valor, caiu em desuso e extinguiu-se ao longo das novas imagens constituídas a partir da revolução einsteiniana. Em oposição a esta ideia relativística de natureza, o próprio autor da algoz teoria, Einstein, em uma palestra ocorrida em 1920 na Universidade de Leiden, Holanda, não se considera completamente avesso à ideia de um éter para as postulações em física. Segundo ele, "uma reflexão mais acurada nos ensina que a descontinuidade do éter não é necessariamente exigida pelo princípio especial da relatividade. Pode-se aceitar a existência de um éter (EINSTEIN, 1920, p. 9)
FABIO MORALES NAMURA
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
O Éter como um tema multiforme na história das ideias científicas, antes e depois da teoria da relatividade: olhares epistemológicos.
Resumo da pesquisa
Orientador
Valter Alnis Bezerra