O principal objetivo da pesquisa é buscar uma definição do conceito de ‘haecceitas’ introduzido na história da filosofia por João Duns Escoto. Com isso, esperamos elucidar como se dá a possibilidade de uma ‘distinção formal mas não real’ colocada no centro do debate sobre a individuação do ente. Segundo Duns Escoto, essência e existência estão unidas de tal modo que a atualização da forma não se necessita mais do que a ‘haecceitas’. Isso não significa que haja, nesse processo, a individuação pela formação de um composto, e que não é a matéria, nem a forma a causa da individuação. Segue-se que o princípio de individuação, ou seja, a ‘haecceitas’, é em primeiro lugar algo positivo e também aquilo que há de mais próprio do ser que a determina. Para tanto, seguiremos a argumentação de Duns Scoto exposta em sua Ordinatio II, dist. 3, pars 1, onde o autor confronta as teorias contemporâneas e expõe a sua própria posição sobre individuação. Além disso, propomos nos debruçar sobre suas Quaestiones super libros Metaphysicorum Aristotelis, libri VII e Reportata Parisiensia II, dist. 12, pars 5, onde o autor cunha propriamente o termo ‘haecceitas’.
FERNANDO DEL POZZO GRACIANO DE SOUZA
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
Sobre 'haecceitas', o princípio de individuação segundo João Duns Escoto
Resumo da pesquisa
Orientador
José Carlos Estêvão
Fomento
CNPq