THIAGO PAULINO JORDÃO

Curso
Doutorado
Título da pesquisa
A teoria da vontade no pensamento de Santo Agostinho
Resumo da pesquisa

Sobre os ombros de Agostinho de Hipona, diversos outros gigantes se equilibram desde a virada do século quarto para o século quinto da era cristã. Mas o que há de peculiar ali não é tanto a abundância ou a robustez dos pensadores que se desenvolvem com base em suas ideias, mas a disparidade entre eles. Linhas de pensamento historicamente antagônicas veem suas raízes convergindo nas obras do mesmo homem. Por isso, não deve surpreender a intensidade das tentativas de dilacerar os pensamentos de Agostinho, partindo-o como despojos entre rivais que buscam se apropriar do que lhes interessa e desvincular da autoridade do Bispo de Hipona todo o restante. Dentre essas, nenhuma tem alcançado tanta magnitude quanto a disputa entre o livre-arbítrio humano e a graça divina. Por isso, é de interesse da presente pesquisa debruçar-se na hipótese de que, quando Agostinho é lido a partir de seus próprios termos, livre de interpretações historicamente viciosas, não há ruptura, mas um desenvolvimento perceptível no decorrer das obras de quem sobre si mesmo afirmou: “Eu sou o tipo de homem que escreve por haver progredido, e progride por escrever” (ep. 43).

Orientador
Lorenzo Mammì