A tese de Doutorado, que tem como arcabouço teórico a filosofia de Alexis de Tocqueville e Hannah Arendt, se preocupa com a natureza da experiência que o eu percebedor tem com outros seres e com as condições que fazem com que esse encontro ocorra. O pensamento de Hannah Arendt, tendo Tocqueville em alta conta, concentra-se no caráter estético-político da aparência e do julgamento (ambos apresentando marcadas características “performativas”) e visa definir as premissas ontológicas e fenomenológicas das posturas e agregações políticas, tanto na ação quanto no julgamento. Porque, como veremos, a autora compreende a dimensão política como intrínseca à condição humana. Esse texto procura, além disso, dar ênfase a reversibilidade do agir, ou seja, aquele que pode agir também pode ser agido e, dessa forma, a capacidade (atuar/agir) está interligada a suscetibilidade e a vulnerabilidade (ser agido). Assim, este artigo descreve o encontro entre política e estética no pensamento de Arendt, seguindo um princípio norteador e, de fato, principal: um fundamento mais bioestético do que antropológico do nascimento/natalidade como chegada e aparecimento de um indivíduo no cenário mundano.
JOÃO BORGE CHILELE SALIULO
Curso
Doutorado Direto
Título da pesquisa
POLÍTICA COMO ESPAÇO DA APARIÇÃO: REPRESENTAÇÃO, ESPAÇO POLÍTICO, OPINIÃO PÚBLICA E (DES)IGUALDADE DE “RAÇAS” EM ALEXIS DE TOCQUEVILLE E HANNAH ARENDT
Resumo da pesquisa
Orientador
Milton Meira do Nascimento
Fomento
CAPES