A presente pesquisa trabalha com o absurdo em Albert Camus com base principalmente em suas obras O mito de Sísifo e O estrangeiro. Objetiva-se investigar esse absurdismo característico da primeira fase de seus escritos, e, além disso, elucidar a importância da relação da filosofia com a arte para Camus, dado que sua produção é feita de maneira literário-filosófica, o que possibilita compreender de modo mais completo a realidade absurda da condição humana. Absurdo esse que surge a partir do momento em que o ser humano começa a se questionar, criando um divórcio com o universo irracional. Diante tal náusea existencial, busca-se esclarecer se ela leva à morte ou se é possível superá-la. Para tal, aplica-se um método de análise para extrair todas as consequências do absurdo. Através dele, os suicídios literal (do corpo físico) e filosófico (da capacidade de pensar) são recusados, e o restabelecimento ocorre por meio da revolta, liberdade e paixão. Assim, parte-se de uma consciência angustiada, e chega-se, ao fim, à felicidade alcançada pelo herói absurdo (o revoltado), aquele que é capaz de viver sem amanhã e sem fraquezas.
CAROLINE SPOSITO SILVA
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
A FILOSOFIA ATRAVÉS DE IMAGENS EM CAMUS: DA CONSCIÊNCIA ANGUSTIADA À PAIXÃO DA REVOLTA HUMANA
Resumo da pesquisa
Orientador
Alex de Campos Moura