Pretende-se efetuar um exame comparativo entre interpretações de como diferentes autores do ceticismo antigo responderam à celebre objeção da apraxia. Tal exame se dividirá em duas direções. Em primeiro lugar, a respeito de cada um dos autores estudados em particular, pretende-se comparar os méritos relativos de diferentes interpretações oferecidas por comentadores contemporâneos. Dois debates em particular serão o foco da discussão: por um lado, o debate entre interpretações dialéticas e falibilistas da filosofia acadêmica (concentrando-se no pensamento de Carnéades e, em menor grau, de Filo de Larissa) e, por outro lado, o debate entre interpretações rústicas e urbanas a respeito do pirronismo (baseando-se nos escritos de Sexto Empírico). Em segundo lugar, pretende-se avaliar o que cada uma dessas interpretações representa para o tratamento do ceticismo antigo como um todo, isto é, em que medida cada leitura aproxima ou afasta acadêmicos e pirrônicos e quanto espaço é dado para tratar o ceticismo antigo como uma mesma tradição, pesando as semelhanças e as diferenças assim elucidadas entre as duas correntes.
VICTOR DANILO BESSA ROQUE DE MORAES
Curso
Mestrado
Título da pesquisa
PIRRÔNICOS, ACADÊMICOS E A TENSÃO ENTRE EPOKHÉ E APRAXIA
Resumo da pesquisa
Orientador
Patricio Tierno