A presente pesquisa articula a crítica da metafísica em Kant ao investigar como ela redefine o conhecimento objetivo, restringindo-o à experiência possível, conforme a revolução copernicana subordinou as condições objetivas às regras sensíveis e intelectuais de representação. A atribuição de regras próprias à sensibilidade rompe a identidade entre ser e pensar, fundamental à Schulmetaphysik. O pensamento opera por critérios analíticos, mas o conhecimento exige condições sintéticas, vinculadas à experiência. Assim, as categorias do entendimento, enquanto conceitos ontológicos, dependem da sensibilidade para adquirir conteúdo; sem isso, permanecem formas lógicas gerais. A metafísica, como ciência dos princípios do conhecimento, reconhece que os critérios analíticos são condições negativas, enquanto o possível lógico requer sensibilidade para sua realização. Duas correções emergem: substitui-se o ente como ente pelo conceito supremo de "objeto em geral"; e todo objeto só é conhecível pelas regras sensíveis. Isso inaugura um espaço conceitual onde o não-contraditório e o irrepresentável adquirem relevância filosófica.
CASSY JONES FELIPE CARDOSO DA SILVA
Curso
Doutorado
Título da pesquisa
O Novo Nascimento da Metafísica: Uma Arqueologia Filosófica
Resumo da pesquisa
Orientador
Maurício Cardoso Keinert
Fomento
CAPES