Valter Alnis Bezerra

Afiliação acadêmica
Professor Doutor
Especialização
Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência
E-mail
bezerra@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2013 Professor Doutor em Filosofia da Universidade de São Paulo
  • 2005 Pós-Doutorado pela Universidade de São Paulo.
  • 1999 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
    Título do trabalho: Estruturas em busca do equilíbrio: O lugar da metametodologia e o papel da coerência no modelo reticulado de racionalidade científica.
    Orientador: Prof. Dr.  Caetano Ernesto Plastino.
  • 1994 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
    Título: Problemas e seus problemas: A estrutura e a dinâmica da ciência vistas sob o enfoque de solução de problemas.
    Orientador: Pablo Rubén Mariconda.
  • 1989 Graduação pela Universidade de São Paulo.

Pesquisa em desenvolvimento

1 - "Neurath ou a coesão da nuvem: A epistemologia singular de um positivista iconoclasta e seus desdobramentos".
O presente projeto de pesquisa visa investigar a epistemologia extremamente original de Otto Neurath (1882-1945) -- filósofo da ciência, sociólogo, economista e, por fim, designer gráfico -- e seus desdobramentos. Este positivista lógico desde o primeiro momento -- integrante do Círculo de Viena, signatário do manifesto "A concepção científica do mundo" (juntamente com Hahn e Carnap), ferrenho adversário da metafísica (que sempre considerou como desprovida de significado), protagonista do debate com Schlick sobre a constituição da base empírica, defensor da noção de "ciência unificada" -- foi, ao mesmo tempo, proponente de algumas teses extremamente originais e que se afastam sobremaneira dos clichês interpretativos usualmente associados ao positivismo lógico. O pensamento de Neurath tem sido redescoberto e reavaliado nos últimos anos, como é bem atestado pela publicação de numerosos volumes a ele dedicados, o que se insere no contexto de um movimento generalizado de reavaliação do Empirismo Lógico como um todo. A epistemologia neurathiana é, a um só tempo, empirista, fisicalista, coerentista, holista, naturalizada, e possui uma dimensão sociológica e histórica. A imagem de ciência resultante incorpora traços como: o pluralismo metodológico; a reorientação rumo a uma visão não estritamente dedutiva de ciência; e a constituição da "base empírica" da ciência (ligada a uma determinada visão acerca da relação teoria-experiência) de tal forma a possibilitar uma forma peculiar de interdisciplinaridade que seria a "ciência unificada". Em muitos desses aspectos, o pensamento de Neurath desponta como um dos mais inovadores e criativos dentro do quadro da filosofia da ciência do século XX -- ainda mais se visto contra o pano de fundo proporcionado pela recepção do programa geral do empirismo lógico. Inegavelmente, sua epistemologia e sua filosofia da ciência apontam no sentido de uma imagem de ciência muito rica, flexível, nuançada e atenta às vicissitudes da práxis. Além da leitura do autor de uma perspectiva interna, prevê-se ainda a possibilidade de se ler Neurath estabelecendo um diálogo com determinadas linhas e vertentes da epistemologia que vicejariam décadas mais tarde, em particular com a epistemologia de Donald Davidson -- suas concepções sobre conhecimento, verdade, coerência, crença, interpretação e intersubjetividade -- e também com a metateoria estruturalista de Balzer, Moulines e Sneed.

2 - " Metateoria estruturalista, filosofia da ciência e metafilosofia" 
Resumo: Investigação teórica, metafilosófica e por meio de estudos de caso da metateoria estruturalista (MTE). As perguntas mais gerais que proporcionam um pano de fundo ao projeto são: que papeis a MTE pode realizar de maneira fecunda em filosofia, de modo geral? Que convergências podem ser exploradas e parecem mais promissoras com outras concepções acerca da estrutura e dinâmica do conhecimento? Aspectos de especial interesse para o projeto incluem: (a) A relação entre teoria e experimento, concebida em termos de modelos de dados, subestruturas empíricas, modelos parciais e classes de aplicações pretendidas. (b) As noções de rede teórica e de hólon teórico na MTE como ferramentas para o mapeamento da estrutura do conhecimento científico em larga escala. (c) O papel dos vínculos interteóricos em uma caracterização rigorosa do fenômeno da interdisciplinaridade dentro dos hólons teóricos. (d) Estudo do papel filosófico que pode ser desempenhado pelos valores, pelos 'themata' e pelos estilos de pensamento dentro da MTE, como elementos dotados de eficácia causal, dimensão dinâmica e poder explicativo. (e) Utilização da MTE no metanível como ferramenta para um mapeamento dos modelos filosóficos de racionalidade. (f) Contextualização metafilosófica e colocação em perspectiva da MTE em relação ao panorama contemporâneo amplo das visões sobre o conhecimento filosófico, as imagens filosóficas de ciência e as ferramentas interpretativas recentes. Aqui, estudos são realizados visando nos familiarizarmos com diversos modelos de estrutura e dinâmica do conhecimento e diferentes concepções sobre a historiografia da ciência e a relação entre história e filosofia da ciência.

3 - " Mecanicismo, desmecanização e a ciência na passagem do século XIX para o século XX" 
Resumo Valemo-nos aqui de quatro modelos filosófico-historiográficos -- a concepção de imagens de natureza e imagens de ciência de P. Abrantes, o modelo temático de G. Holton, as concepções de estilo científico de I. Hacking, L. Fleck e O. Bueno, e a metateoria estruturalista de Balzer, Moulines e Sneed -- com o objetivo de realizar estudos de caso interpretativos sobre episódios da história da física (e, mais geralmente, da história da ciência) no final do século XIX e início do século XX. Atenção especial é dada às seguintes dimensões: (a) Caracterização das múltiplas variantes e mutações do mecanicismo, com seus variados escopos e desdobramentos, que predominaram na física e em outras áreas do conhecimento durante quase três séculos. Reveste interesse especial a investigação da tensão (e até inconsistência) entre formulações híbridas tardias do mecanicismo e o programa original. (b) Estudo da transição do mecanicismo para a era da física desmecanizada, onde papéis centrais são desempenhados pela teoria clássica do campo, as teorias da relatividade (restrita e geral), a mecânica estatística e, de modo geral, por um renovado ímpeto do programa de geometrização da física. Importantes debates da época sobre o atomismo e sobre o uso de modelos em ciência transcorrem diante desse pano de fundo (c) Investigação das transformações sofridas pela mecânica clássica e pela teoria do campo até o século XX, seja no que diz respeito à sua estrutura formal, seja na sua interpretação, seu estatuto cognitivo e metodológico, e o papel que elas ocupam dentro do edifício do conhecimento científico da modernidade tardia.

Tessa Moura Lacerda

Afiliação acadêmica
Professor Doutor
Especialização
História da Filosofia Moderna I
E-mail
tessalacerda@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2008 Professora Doutora em Filosofia da Universidade de São Paulo
  • 2006-2008 Pós-doutorado pela Universidade de São Paulo
  • 2006 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientador: Franklin Leopoldo e Silva
    Título do trabalho: A expressão em Leibniz
  • 2001 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientador: Franklin Leopoldo e Silva
    Título do trabalho: Teoria e prática em Leibniz: a política da metafísica
  • 1997 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Expressão: a filosofia de Leibniz como sistema
Descrição: Bolsa de produtividade - modalidade PQ2. 

 

Ruptura e Continuidade: Investigações sobre a relação entre Natureza e História a partir de sua formulação pelo Grande Racionalismo Seiscentista
Resumo: Projeto Temático financiado pela Fapesp que inclui pesquisadores da USP, UNESP, UNIFESP, PUC SP, PUC Campinas entre outras universidades paulistas..

A filosofia expressiva de Leibniz 


Resumo: A expressão é uma das noções mais importantes da filosofia de Leibniz. O filósofo a aborda diretamente em alguns textos, porém, mais que um objeto de análise, a noção de expressão organiza e faz convergir reflexões acerca da teologia, da ontologia e da epistemologia leibnizianas.
A abrangência da teoria da expressão como princípio de explicação, que permite pensá-la por um viés teológico, um viés ontológico e um viés epistemológico, permite também uma ampliação das perspectivas. É possível pensar a moral a partir da teologia e da ontologia, a conciliação das igrejas a partir do projeto de uma Característica universal, a linguagem e a questão dos signos a partir da epistemologia. Esses temas “secundários” podem ser organizados em duas grandes questões: a “questão moral” (que envolve direito e religião) e a questão da linguagem.
A pesquisa visa apresentar a filosofia de Leibniz a partir de sua teoria da expressão, mostrando como temas fundamentais e secundários podem ser organizados sob essa perspectiva.

Orientações em andamento

Sérgio Cardoso

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Ética e Filosofia Política
E-mail
sercard@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 1990 Professor Doutor em Filosofia na Universidade de São Paulo
  • 1983 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A crítica da antropologia política na obra de Pierre Clastres
    Orientação: Profa Dra Marilena de Souza Chaui
  • 1979 Pós-Graduação em Filosofia (Diplôme d'Études Approfondies) pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales 
    Título do trabalho: La répresentation machievellienne de l'histoire, étude des Istorie Fiorentine
    Orientação: Prof. Dr. Claude Lefort
  • 1971 Licenciatura em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira
  • 1969 Graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Pesquisa em desenvolvimento

  • A constituição da esfera ética nos Ensaios de Montaigne: uma reorientação da moral e da política no âmbito do ceticismo
  • Ceticismo e fideismo na apologia de Raimond Sebon
  • Investigações sobre a tradição antiga e renascentista do Republicanismo
Orientações em andamento

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Scarlett Zerbetto Marton

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
História da Filosofia Contemporânea
E-mail
smarton@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2004 Professora Titular da disciplina de História da Filosofia Contemporânea pela Universidade de São Paulo
  • 2007 Pós-Doutorado pela Université de Reims, França
  • 1998 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título: A obra feita e a obra por fazer
  • 1994 Pós-doutorado pela École Normale Supérieure de Fon Tenay-Saint Cloud, França
  • 1989 Pós-doutorado pela Universite de Paris X, Nanterre, França
  • 1988 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientação: Prof. Dr. Paulo Eduardo Arantes 
    Título do trabalho: Nietzsche, cosmologia e genealogia
  • 1974 Mestrado em Filosofia pela Universite de Paris I (Pantheon-Sorbonne)
    Orientação: Prof. Dr. Maurice de Gandillac
    Título do trabalho: Pour une généalogie de la vérité - Essai sur la notion de vérite chez Friedrich Nietzsche
  • 1972 Licenciatura em Filosofia pela Universidade de São Paulo
  • 1972 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Nietzsche e a modernidade
Descrição: O trabalho de pesquisa ?Nietzsche e a modernidade? organiza-se em torno de dois eixos centrais, que se acham intimamente ligados. Trata-se, por um lado, de examinar as relações complexas e variadas entre a filosofia nietzschiana e a modernidade e trata-se, por outro, de avaliar recentes apropriações do pensamento nietzschiano, apropriações essas que, julgando ver em seus textos uma ruptura radical em relação à sua própria época, acabam por fazer dele um pensador pós-moderno..

Integrantes: Scarlett Zerbetto Marton - Coordenador.

Orientações em andamento

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Circ.CoPGr/47/2019 - Resultados e Instruções PDSE - 10/06/2019

Aos alunos selecionados para o programa PDSE - PrInt/USP 2019, a Pró-Reitoria de Pós-graduação comunica em circular informações para adequação, quando for o caso, das bolsas selecionadas. Aos que tiverem pendências, entrar em contato com o Departamento de Filosofia. Comunicado http://www.prpg.usp.br/attachments/article/5787/CircularCoPGr_472019_Pri... https://sites.usp.br/print/ Para maiores esclarecimentos entrar em contato pelo e-mail print@usp.br

Rolf Nelson Kuntz

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Ética e Filosofia Política
E-mail
rolfkuntz@yahoo.com.br

Histórico Acadêmico

  • 2009 Livre-Docente em Filosofia pela Universidade de São Paulo. 
    Título do trabalho: O Poder como Direito e outros estudos de filosofia política
  • 1982 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Capitalismo e natureza: Ensaio sobre a filosofia econômica de Françoise Quesnay
    Orientação: Prof. Dr.  João Paulo Gomes Monteiro
  • 1971 Especialização em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, FGV/EAESP
  • 1970 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A teoria Política de Rousseau 
    Orientação: Profª Dra. Maria Sylvia de Carvalho Franco 
  • 1966 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

A reforma do estado, a redefinição das funções públicas e a questão dos direitos 
Resumo: Examinar como as transformações em curso nos mercados e nas condiçòes de Administração Pública se refletem no Debate sobre as responsabilidades coletivas e nas concepções dos Direitos Sociais.

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
MARCO DANTAS DA ROCHA Mercado e Estado no liberalismo evolucionista de Herbert Spencer e Friedrich von Hayek Mestrado

Ricardo Ribeiro Terra

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Teoria das Ciências Humanas
E-mail
ricardor@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2004 Professor titular de Teoria das Ciências Humanas
  • 1998 Livre-docência em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Passagens. Ensaios sobre a filosofia de Kant
  • 1988 Pós-doutorado pela Universidade de Frankfurt
  • 1981 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Política e História na filosofia kantiana
  • 1976 Diplôme d’Études Approfondies de Histoire de la Philosophie pela Université de Paris I Panthéon-Sorbonne, França
  • 1971 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Entre a política e a moral: o direito e a herança kantiana - direito natural e direito positivo na filosofia kantiana
Resumo: No âmbito do projeto temático da FAPESP no CEBRAP (2004- 2008) "Moral, Politica e Direito: Modelos de Teoria Critica", coordeno o  sub-projetos (1).O projeto busca mapear em sua diversidade os diferentes modelos críticos de teoria social em suas vertentes morais, jurídicas e  políticas para, com isso, divisar aplicações relevantes a problemas prementes da atualidade. Nesse sentido, este Projeto Temático, em uma caracterização geral, compõe-se dos seguintes momentos: (1) relação da tradição da Teoria Crítica com a tradição filosófica, em especial com sua fonte kantiana; (2) reconstrução dos diversos modelos de Teoria Crítica em sua relação com as dimensões da moral, do direito e da política; bem como (3) investigações aplicadas nos campos do direito, da política e da moral.

Orientações em andamento

Renato Janine Ribeiro 

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Ética e Filosofia Política
E-mail
rjanine@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 1993 Professor Titular da disciplina de Ética e Filosofia Política pela Universidade de São Paulo
  • 1991 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Ensaios antigos
  • 1993 Pós-Doutorado pela British Library, Grã-Bretanha
  • 1984 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Orientador: Luiz Roberto Salinas Fortes
    Título: Ao leitor sem medo - Hobbes escrevendo contra o seu tempo
  • 1973 Mestrado em Filosofia pela Universite de Paris I (Pantheon-Sorbonne), França
    Orientador: Pierre Burgelin
    Título: La notion de souverain chez Thomas Hobbes
  • 1971 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Linha de pesquisa

Ética e Filosofia Política

Pesquisa em desenvolvimento

Os clássicos da filosofia política permitem entender a ação política atual?
Descrição: Partindo de Maquiavel, continuando por Hobbes e Locke e chegando a Rousseau, indago de que modo os clássicos da filosofia política contribuem para a compreensão da ação política. Não se trata de ver como constituem os grandes conceitos, ou ajudam a pensar as instituições - mas sim de ver como a ação política, ela própria, pode ser entendida por eles. Maquiavel é exemplar neste sentido, ao colocar a virtù como o grande fator que permite pensar a ação, em contraponto à limitação que a fortuna impõe. No caso de Hobbes, porém, seu grande conceito de soberania não permite facilmente a sintonia fina da ação política - da mesma forma que o livro de Marx mais próximo desta última, o Dezoito Brumário, tampouco ajuda a entender em que se opõem Orleans, Bourbons e republicanos moderados. A investigação trilha assim caminhos difícies. Uma hipótese razoável é que Rousseau, que contribui como Hobbes e Marx para uma compreensão macro com o Estado desenhado no Contrato Social, ajuda ao entendimento do micro - da ação política - com os conceitos de amor próprio e de vaidade, dois temas, porém, cujo estudo recuou extraoridnariamente nos últimos dois séculos. Em suma, trata-se de ver se o recorte entre a filosofia política ,com os grandes conceitos, e a ciência política, com a imediatez da ação política, procede, ou se a filosofia pode avançar mais na compreensão da ação política.. 

Integrantes: Renato Janine Ribeiro - Coordenador.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.

Utopia e realismo na leitura da política e da condição humana


Descrição: Analisar duas perspectivas antagônicas na compreensão da política e do humano: primeira, a utópica (Morus, Rousseau, Marx, Wilhelm Reich), que vê todos os males da humanidade como (1) produzidos (2) por uma única causa (geralmente, a propriedade privada) e, portanto, (3) passíveis de serem superados completamente pela mudança nesta causa; segunda, a "realista" (Maquiavel, Hobbes, Nietzsche, Freud), que considera que a condição humana sempre terá inconvenientes e que, tendo-se consciência destes e da impossibilidade da utopia, pelo menos será possível administrá-los e reduzir os danos, sem cair na distopia que seria o indesejável mas inevitável resultado das utopias.. 

Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (2) Doutorado: (2).
Integrantes: Renato Janine Ribeiro - Coordenador.

Orientações em andamento
Pesquisador Título da pesquisa Categoria
JOSÉ AUGUSTO CEREIJIDO ALTRAN A Desobediência Thoreauviana - uma disposição u-tópica por democracia social Doutorado
MBAIDIGUIM DJIKOLDIGAM Hobbes e a religião como problema político Doutorado
ALVARO LAZZAROTTO DE ALMEIDA Riquezas e poder na filosofia de Thomas Hobbes Doutorado

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Paulo Eduardo Arantes

Afiliação acadêmica
Professor Senior
E-mail
p.e.arantes@uol.com.br

Histórico Acadêmico

  • 1973 Doctorat de Troisième Cycle pela Université de Paris X, Nanterre, França
    Título: Hegel: l'Ordre du Temps
    Orientador: Jean Toussaint Desanti
  • 1967 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pablo Rubén Mariconda

Afiliação acadêmica
Professor Senior
Especialização
Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência
E-mail
ariconda@usp.br

Histórico Acadêmico

  • 2006 Professor Titular da Universidade de São Paulo na disciplina de Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência
  • 2000 Livre-docência pela Universidade de São Paulo
    Título: Edição comentada de Galileo Galilei, Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo
  • 2000 Pós-doutorado pelo Centre National de la Recherche Scientifique - França
  • 1986 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: A Teoria da Ciência em Pierre Duhem
    Orientação: Prof. Dr. João Paulo Gomes Monteiro
  • 1979 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo
    Título do trabalho: Teoria da Ciência e Metodologia (A teoria do método na Lógica da Investigação Científica de Karl Popper)
    Orientador: Prof. Dr. Oswaldo Porchat de Assis Pereira da Silva
  • 1971 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo

Pesquisa em desenvolvimento

Gênese e Significado da Tecnociência. Das relações entre ciência, tecnologia e sociedade
Resumo: O objetivo central do projeto é investigar criticamente os papéis desempenhados pelos valores éticos e sociais, quer  sustentados pelos indivíduos, quer incorporados pelas instituições, nas práticas científicas e tecnológicas atuais. Esse objetivo central desdobra-se em outros: estudar as modificações ocorridas nas últimas décadas no modo de produção social do conhecimento tecnocientífico, a maneira como essa mudança afeta o estatuto dos valores de objetividade, neutralidade e autonomia aos quais a comunidade científica tradicionalmente adere, e a função dos direitos de propriedade intelectual nesse processo; investigar como as novas concepções e práticas da tecnociência estão sendo implantadas em setores e nichos específicos nas esferas do trabalho (como na nanotecnologia e na biotecnologia) e da educação (particularmente na universidade); pesquisar a história das relações entre a ciência e a tecnologia na modernidade, em particular o papel desempenhado pelas máquinas e as idéias mecanicistas; investigar problemas teóricos (artificial-natural, identidade biológica etc.) e práticos (crítica ética, proposta de alternativas etc.) particulares da biotecnologia atual a partir de uma abordagem que integra a filosofia, a biomedicina e atologia; discutir as práticas tecnocientíficas alternativas (por exemplo, a agroecologia), a temática da bioética e as implicações de uma visão crítica da tecnociência para o ensino das ciências e para a educação em geral. É importante que essas investigações estejam abertas ao maior leque de perspectivas diferentes e que seus resultados tenham um impacto positivo na direção da pesquisa no Brasil. Para esse fim, promoveremos encontros de cientistas, filósofos e cientistas sociais, de abordagens metodológicas e perspectivas éticas divergentes, especialmente em contextos em que estiverem em jogo a legitimidade de inovações tecnocientíficas e as prioridades da pesquisa científica, divulgando os resultados por meios eletrônicos e impressos.
Financiador: FAPESP