Histórico Acadêmico
- 2010 Livre-docência. Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Título: Contrafactuais e modelos causais em história & filosofia da ciência - 1992 Pós-Doutorado. Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil. Bolsista do(a): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, Brasil.
- 1992 Pós-Doutorado pela Universidade Estadual de Campinas
- 1990 Doutorado em História e Filosofia da Ciência pela Indiana University, Bloomington, EUA
Orientador: Linda Wessels
Título: Measurement in Quantum Mechanics: Experimental and Formal Approaches - 1985 Mestrado em Física pela Universidade Estadual de Campinas
Orientador: Helion Vargas
Título: Aplicações de Medidas de Fase do Efeito Fotoacústico - 1984 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo
- 1982 Graduação em Física pela Universidade de São Paulo
Pesquisas em desenvolvimento
Filosofia da Ciência e Modelos Causais
Resumo: As abordagens “naturalizadas” à filosofia da ciência procuram descrever a atividade científica em seus vários aspectos, visando a constituição de uma “ciência da ciência”. O ponto de partida são as teorias clássicas da ciência, como as de Whewell, Duhem, Popper, Kuhn e Lakatos. A partir daí, investigam-se maneiras de testar essas diferentes metateorias, salientando-se o papel da experimentação e a epistemologia evolutiva, invocando aspectos cognitivos e sociológicos, e investigando o uso da computação e da causalidade para simular aspectos da ciência. Um projeto específico nesse campo naturalizado consiste nos “modelos causais de história da ciência”, que descreve a ciência a partir de unidades de conhecimento, chamados “avanços”, que são conectados de maneira causal e que possuem um grau variável de “força causal”. Tal arcabouço permite exprimir histórias contrafactuais da ciência.
Filosofia da Física Quântica
Resumo: A Física Quântica é uma interessante área para o estudo filosófico, pois além do formalismo mínimo da teoria, há dezenas de interpretações diferentes propostas na literatura. Este projeto envolve uma classificação dessas interpretações a partir de um eixo epistemológico (realismo x fenomenalismo) e um ontológico (só ondas x só partículas x dualismo). Uma questão relevante a ser explorada são as influências culturais sobre diferentes interpretações. Como exemplo, podemos citar as visões realistas subjetivistas, chamadas de “misticismo quântico”, nas quais a longa tradição do naturalismo animista encontrou solo fértil para se expandir.
Filosofia da Mente e Metafísica
Resumo: A Filosofia da Mente é uma área contemporânea importante no campo das filosofias analíticas, e a posição predominante é materialista (fisicalista). Adotando este ponto de vista, exploramos o debate entre o reducionismo e o emergentismo forte. O problema das qualidades sensoriais (qualia) é notoriamente difícil para o materialismo, e parece indicar a necessidade de novos conceitos físicos. O tratamento dado aos qualia por autores como Ramachandran e Dennett pode ser trazido para o debate sobre a imagética (Kosslyn vs. Fodor & Pylyshyn). Estuda-se também a interface entre o materialismo e o funcionalismo, e a questão de se máquinas artificiais podem ter consciência. Investiga-se também o estatuto do reducionismo entre as diferentes áreas da ciência. Um conceito norteador é o da dimensão física em que ocorreria uma determinação: no tempo (determinismo x tiquismo), na escala espacial, ou seja, nas dimensões micro/macro (reducionismo x emergentismo), no espaço, e na escala temporal. Além da relação de determinação, define-se uma relação de composição, que resulta na oposição entre holismo x separabilidade.