Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Histórico Acadêmico
- 2014 Professora Doutora em Filosofia na Universidade de São Paulo
- 2013 Pós-Doutorado – Departamento de Filosofia da USP
- 2009 Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
Título da Tese: A Prosa de Dora: uma leitura da articulação entre natureza e cultura na filosofia de Merleau-Ponty
Orientadora: Marilena de Souza Chaui - 2004 Mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
Título da Dissertação: Análise do ensaio De l'art de Conferer de Michel de Montaigne
Orientadora: Marilena de Souza Chaui - 2000 Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
Pesquisa em desenvolvimento
2021-atual: Projeto relativo à Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2
Título: Do conceito de corpo próprio em Merleau-Ponty à desincorporação do poder em Lefort
Resumo: É intrigante o fato de que Lefort exija a alcunha de herdeiro de Merleau-Ponty. Pois, a despeito de ter sido seu aluno ainda no liceu, de ter-lhe dedicado diversos escritos e de ter alimentado por ele uma verdadeira amizade, Lefort investiga a democracia moderna, esta que envolve um modo peculiar de relação entre os indivíduos, tomando-a como uma experiência incapaz de sustentar uma identidade fechada, tanto destes, considerados um a um, quanto da sociedade onde estão inseridos. Longe de admitir a primazia do corpo próprio, para explicar o sujeito, e do corpo político, para explicar os marcos definidores da democracia, Lefort defende a necessária desincorporação do cidadão e da sociedade no contexto dessa experiência. Trata-se de investigar a mutação simbólica capaz de abrir o horizonte para a experiência de indeterminação, em que o sujeito não consegue encontrar para si uma imagem definitiva, capaz de lhe dar um corpo e um lugar específico no campo social, e em que a sociedade trabalha constantemente seus conflitos internos, de modo que a última tampouco consegue dar-se a si mesma tal imagem. O objetivo da presente pesquisa é investigar esse estranho processo de herança, em que o herdeiro parece desvirtuar a obra herdada, pois, ao contrário de Merleau-Ponty, Lefort recusa a pertinência moderna da noção de corpo próprio. Para explicar essa estranheza, levantamos a hipótese de que Lefort privilegia a noção de carne, central na ontologia tardia de Merleau-Ponty, em detrimento das formulações iniciais relativas ao corpo próprio, pois a primeira lhe fornece o campo de indeterminação necessário para que a democracia possa vicejar, livre dos entraves das demandas por identidade.
2022 – atual: Projeto em andamento pelo Programa Unificado de Bolsas (PUB/USP)
Título: Organização e estudo do arquivo pessoal da filósofa Gilda de Mello e Souza
Resumo: Gilda de Mello e Souza foi a primeira mulher a ser contratada pelo Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, em 1954, vinte anos após a fundação deste. A despeito dos obstáculos que enfrentou por sua condição de gênero (especialmente por trabalhar numa área ainda predominantemente masculina, como é o caso da Filosofia) ela construiu uma carreira surpreendente, marcada por transbordamentos diversos, os quais lhe permitiram conectar o pensamento filosófico, em sua constitutiva abstração, ao estudo da formação social brasileira. Esse procedimento resultou na escrita de ensaios que se destacam pela originalidade e pela agudeza crítica. Um dos pontos altos da obra de Gilda se encontra em seu diálogo com Mario de Andrade, a quem dedicou escritos teóricos e com quem trocou cartas e registros fotográficos. O presente projeto visa contribuir para a descrição do material referente a esse diálogo, tanto verbal quanto iconográfico, presente no arquivo de Gilda, doado pela família ao Instituto de Estudos Brasileiros, em 2017, após o falecimento de seu marido, o professor Antonio Candido de Mello e Souza. Parcialmente organizado, o arquivo possui ainda 20 caixas que aguardam por tratamento arquivístico. O projeto busca apoio para a finalização do tratamento técnico dessa parcela, visando a plena disponibilização para consulta pública desse conteúdo, decisivo para o estudo da construção do pensamento da referida filósofa. Visa também o estudo desse material e a formação de pesquisadores em Filosofia aptos a lidar técnica e teoricamente com material de arquivo.
Coordenação:
Silvana de Souza Ramos
Bolsistas associados:
Vitoria Dellevedove Moreira
Larissa Cristina Ribeiro de Souza
Livia Beatriz Almeida Pacito
Equipe Técnica:
Elisabete Marin Ribas (Funcionária do Serviço de Arquivo IEB/USP)
Antonia de Lourdes dos Santos (Secretária do DF/FFLCH/USP)
Pesquisador | Título da pesquisa | Categoria |
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RICARDO POLIDORO MENDES | A instituição: a ordenação da experiência política em Maquiavel e Espinosa | Doutorado |
DIOGO FRANCISCO DE OLIVEIRA | A reinscrição da violência no espaço (corpo-território) racial-colonial | Mestrado |
RAFAELA DOS SANTOS OLIVEIRA | ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO DE DECISÕES JUDICIAIS SOBRE ASSÉDIO SEXUAL | Mestrado |
LUANA ALVES DOS SANTOS | Diadorim: uma leitura sobre gênero, alteridade e performance no Grande sertão: veredas | Doutorado |
LUCAS PAOLO SANCHES VILALTA | Na encruzilhada do digital: as problemáticas e os sentidos da informação | Doutorado |
MARIO ANTUNES MARINO | O Comum como razão governamental | Doutorado |
IRACY FERREIRA DOS SANTOS JUNIOR | Ontologia, metáfora e literatura moderna em Merleau-Ponty | Doutorado |
SIMONY SILVA CAMPELLO | UMA ANÁLISE DA GUERRA E DO RACISMO DE ESTADO PARA PENSAR A GOVERNAMENTALIDADE | Mestrado |